Casa Branca afirma que Israel "aprovou" proposta de cessar-fogo em Gaza

Israel aceitou a proposta do Presidente norte-americano, Donald Trump, para um cessar-fogo na Faixa de Gaza, enquanto as negociações com o grupo islamita palestiniano Hamas prosseguem, revelou hoje a Casa Branca.

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© JIM WATSON/AFP via Getty Images

Lusa
29/05/2025 19:59 ‧ ontem por Lusa

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Médio Oriente

"Posso confirmar que o enviado especial [Steve] Witkoff e o Presidente [Trump] apresentaram uma proposta de cessar-fogo ao Hamas, que Israel aprovou e apoiou. Israel assinou esta proposta antes de ser enviada para o Hamas", afirmou a secretária de imprensa da presidência norte-americana em Washington.

 

Karoline Leavitt indicou que "as discussões continuam", esperando que seja concretizado o cessar-fogo "para que todos os reféns [em posse do Hamas] possam regressar a casa".

As declarações da porta-voz da Casa Branca surgem depois de o Hamas ter hoje informado que está a estudar a nova proposta apresentada pelo enviado norte-americano.

Num comunicado transmitido nos seus canais, o Hamas indicou que os seus líderes "receberam a nova proposta de Witkoff através dos mediadores e estão a estudá-la com responsabilidade", no sentido de um cessar-fogo permanente.

Witkoff explicou na quarta-feira, em Washington, que iria apresentar uma nova proposta e manifestou confiança de que será aceite pelas partes, sem especificar os seus termos, embora meios de comunicação social israelitas e árabes tenham noticiado que se trata de uma trégua de 60 dias.

Esta pausa nos combates implicaria a libertação de 10 reféns vivos mantidos na Faixa de Gaza e 18 mortos no primeiro e sétimo dia da trégua, além da obrigação do Hamas em fornecer provas do paradeiro dos restantes no décimo dia, em troca de centenas de prisioneiros e detidos palestinianos.

Esta fase determinaria também a negociação de um cessar-fogo permanente e a retirada das tropas israelitas do enclave palestiniano, o que significa que o fim da ofensiva não seria acordado logo no início das conversações, como o Hamas tem vindo a exigir.

O Exército israelita iniciou há uma semana e meia uma nova operação terrestre e aérea no território, após ter quebrado em meados de março o cessar-fogo em vigor com o grupo Hamas.

O início desta campanha militar coincidiu com o levantamento do bloqueio que se mantinha há mais de dois meses à entrada de ajuda humanitária à população do enclave, que já enfrentava o risco de fome, segundo as agências da ONU.

O conflito em curso foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 54 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas.

[Notícia atualizada às 20h23]

Leia Também: Rússia acusa EUA de "eliminar a possibilidade" de Estado palestiniano

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