A Direção dos Serviços de Educação e do Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ) da região disse num comunicado que contactou os estudantes de Macau em Harvard "para prestar aconselhamento e assistência de forma permanente".
Na sexta-feira, uma juíza federal em Boston, no estado de Massachusetts, bloqueou temporariamente a decisão da Administração Trump de suspender a matrícula de estudantes estrangeiros na Universidade de Harvard.
A DSEDJ disse que "está a acompanhar de perto os últimos desenvolvimentos", mas sublinhou que "as circumstâncias ainda estão a mudar".
Ainda assim, a direção encorajou as universidades de Macau a disponibilizar métodos de "transferência conveniente" aos afetados, para "proteger o direito dos alunos a prosseguirem os estudos".
"Qualquer medida concreta será decidida por cada universidade de acordo com as condições reais", sublinhou a DSEDJ.
Por outro lado, a tutela prometeu "continuar a promover as universidades de Macau e atrair estudantes excecionais de todo o mundo", para promover a internacionalização do ensino superior do território.
Na sexta-feira, uma universidade da região vizinha de Hong Kong já tinha prometido facilitar a inscrição de alunos vindos da Universidade de Harvard.
A Universidade de Ciência e Tecnologia de Hong Kong prometeu "ofertas incondicionais, procedimentos de admissão simplificados e apoio académico para facilitar uma transição suave".
Os benefícios propostos incluem "admissões aceleradas, transferências de créditos e apoio personalizado" na assistência para vistos e alojamento, de acordo com um comunicado.
O Governo dos Estados Unidos proibiu na quinta-feira Harvard de continuar a matricular estudantes estrangeiros e indicou aos que já estão inscritos que se transfiram para outras universidades sob risco de perderem o seu estatuto de imigração.
A universidade, a mais prestigiada dos Estados Unidos, respondeu ao executivo com uma ação judicial.
A juíza Allison D. Burroughs aceitou a suspensão temporária pedida por Harvard da revogação da permissão para acolher estudantes internacionais, que representam um quarto do total de alunos da instituição .
"Harvard demonstrou que, sem um pedido para restringir temporariamente [a ordem de Trump], sofrerá danos imediatos e irreparáveis", observou a juíza.
A magistrada agendou uma audiência sobre o caso para 27 de maio, que contará com a presença de representantes de ambos os lados.
Harvard processou o Governo republicano em abril para recuperar o seu financiamento federal congelado, de 2,6 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros), por alegados comportamentos antissemitas.
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