O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Johann Wadephul, criticou as ameaças de Trump dizendo que tais medidas serão prejudiciais para ambos os lados do Atlântico.
"Essas tarifas não ajudam ninguém. Só prejudicam as economias de ambos os mercados", disse Wadephul numa conferência de imprensa em Berlim.
"Continuamos a confiar nas negociações" lideradas pela Comissão Europeia, acrescentou o chefe da diplomacia alemã.
A partir de Paris, o ministro delegado do Comércio Externo de França, Laurent Saint-Martin, pediu uma desescalada neste conflito, mas reiterou que a União Europeia (UE) está preparada para responder às decisões de Trump.
"As novas ameaças de Trump de aumento das tarifas não ajudam em nada durante o período de negociações entre a União Europeia e os Estados Unidos. Mantemos a mesma linha: desescalada, mas estamos prontos para responder", escreveu Saint-Martin numa mensagem na rede social X.
Les nouvelles menaces de hausses de droits de douane de D. Trump n’aident en rien pendant la période de négociation entre l’Union européenne et les Etats-Unis.
— Laurent Saint-Martin (@LaurentSMartin) May 23, 2025
Nous gardons la même ligne : la désescalade mais sommes prêts à répondre.
Je serai à 19h sur @BFMTV pour en parler.
Também o primeiro-ministro irlandês, Michéal Martin, disse hoje que as tarifas norte-americanas de 50% sobre os produtos europeus irão "prejudicar seriamente" a relação comercial UE-EUA, lamentando as ameaças de Donald Trump.
"As tarifas ao nível anunciado não só aumentarão os preços, como também prejudicarão seriamente uma das relações comerciais mais dinâmicas e importantes do mundo", sublinhou o líder irlandês.
A Irlanda alberga a maioria das sedes europeias de gigantes tecnológicos norte-americanos, como a Apple, a Google e a Meta, graças ao seu atrativo sistema fiscal.
Para já, a Comissão Europeia não quis comentar esta decisão do Governo dos Estados Unidos.
Donald Trump ameaçou a UE com novas tarifas com um anúncio que já está a provocar fortes quedas nas bolsas de mercados na Europa, mas também nos Estados Unidos.
Na sua mensagem, o presidente dos EUA manifestou a sua impaciência com as negociações comerciais em curso com a UE, que, segundo ele, "não estavam a conduzir a lado nenhum".
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