"Não sei, talvez um dia esse apelo seja ouvido", disse Trump Júnior, de 47 anos, num fórum económico em Doha, quando um moderador lhe perguntou se consideraria candidatar-se à presidência após a saída do pai.
Neste momento, garantiu, o seu objetivo é traduzir para o mundo empresarial o desejo da administração Trump de expulsar "a ideologia 'woke' que assumiu o controlo".
'Woke' significa literalmente acordado, mas, na gíria norte-americana, ser ou estar 'woke' indica alguém associado a políticas mais liberais, ao feminismo, ao ativismo LGBT, à cultura afro-americana e outras questões culturais.
O segundo mandato da administração Trump representa "a maior oportunidade de redefinir os Estados Unidos, de redefinir relações em todo o mundo, de criar prosperidade e crescimento para todos. E estou totalmente a favor disso", acrescentou, no final de uma sessão na qual enfatizou ser, acima de tudo, um empreendedor.
Empresário antes de o pai se tornar Presidente, Donald Trump Júnior - que é atualmente vice-presidente executivo da Trump Organization, uma empresa familiar ligadas aos setores do imobiliário, turismo, hotelaria e até campos de golfe - disse que continuará a sê-lo "depois".
O seu pai refere regularmente a possibilidade de se candidatar a um terceiro mandato, proibido pela Constituição norte-americana, o que suscita críticas por parte dos seus opositores, pelo que uma candidatura do filho poderia ser uma forma de manter o poder na família.
"Não sei, temos de pensar nisso", disse na semana passada, também no Qatar, perante soldados norte-americanos da base de al-Udeid.
A loja 'online' de Donald Trump disponibiliza bonés vermelhos e 't-shirts' com as palavras 'Trump 2028', a data das próximas eleições.
"Já viram o novo boné? O boné mais 'estiloso' diz 'Trump 2028', estamos a deixar a esquerda louca", comentou durante o seu discurso no Qatar.
A 22ª emenda à Constituição dos Estados Unidos, adotada em 1947, determina que "nenhuma pessoa será eleita mais de duas vezes para o cargo de Presidente".
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