Gaza? Rangel reconhece que "agravamento da situação é claro"

O ministro dos Negócios Estrangeiros rejeitou hoje classificar as ações de Israel como genocídio, apesar de reconhecer que a situação humanitária na Faixa de Gaza, provocada pelo bloqueio e bombardeamentos israelitas, é "absolutamente intolerável".

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Lusa
20/05/2025 18:47 ‧ há 5 horas por Lusa

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Médio Oriente

"Sinceramente, acho que a situação se tem agravado imenso, eu fui sempre muito cauteloso porque a palavra 'genocídio' tem implicações jurídicas e pressupostos jurídicos muito sérios, mas o agravamento da situação é claro", disse Paulo Rangel, questionado pelos jornalistas sobre se as ações de Israel podem classificar-se como genocídio da população palestiniana.

 

À saída de uma reunião ministerial, em Bruxelas, o ministro dos Negócios Estrangeiros acrescentou que a situação, "de facto, agravou-se muito", mas insistiu não ser necessário classificá-la como um genocídio.

"Julgo que não precisamos de estar a fazer uma qualificação desse tipo para considerar que a situação é absolutamente intolerável", comentou Paulo Rangel.

O governante disse que o Governo de Luís Montenegro "foi o único que, até agora, cancelou o fornecimento de qualquer armamento a Israel", acusando o executivo de António Costa, agora presidente do Conselho Europeu, de ter tido a oportunidade para o fazer.

Israel tem intensificado as operações no enclave palestiniano e na última semana, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, anunciou a intenção de ocupar a totalidade da Faixa de Gaza.

Desde o início de março que Israel bloqueou qualquer camião com ajuda humanitária de entrar em Gaza, enquanto continua a bombardear o território.

Na reunião dos chefes da diplomacia da UE, foi debatida uma proposta dos Países Baixos para rever o acordo de associação com Israel.

Paulo Rangel disse que uma maioria é a favor de uma revisão do acordo, mas ainda há países que são contra qualquer tipo de alteração.

A suspensão, adiantou o ministro, pode ser uma possibilidade, mas só será equacionada se se avançar com a revisão do acordo com Telavive.

De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde, de 12 de maio, toda a população de Gaza, cerca de dois milhões de pessoas, está em risco de morrer à fome, além de ser vítima da invasão militar israelita.

Na última sexta-feira, a agência da ONU de assistência aos refugiados palestinianos (UNRWA) fez uma projeção que aponta que entre maio e setembro deste ano mais de metade da população poderá estar em risco de morrer à fome.

Leia Também: União Europeia vai rever acordo de associação com Israel

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