Dezenas de milhares protestam nos Países Baixos contra guerra em Gaza

Dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se hoje em Haia contra a política do governo em relação a Israel e à guerra em Gaza, naquela que é a maior manifestação nos Países Baixos dos últimos 20 anos, segundo os organizadores.

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© Mouneb Taim/Anadolu via Getty Images

Lusa
18/05/2025 19:39 ‧ há 4 horas por Lusa

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Médio Oriente

A Agência France Presse descreve que a manifestação, que decorreu de forma pacífica, contou com a participação de pessoas de todas as idades, que vestiam peças de roupa vermelhas, para traçar simbolicamente uma linha vermelha, e empunhavam cartazes onde se lia "Parem o genocídio".

 

Os organizadores do protesto estimam que participaram mais de cem mil pessoas, referindo tratar-se da maior manifestação dos últimos 20 anos nos Países Baixos.

A polícia não forneceu estimativas quanto ao número de manifestantes.

O exército israelita anunciou hoje "operações terrestres extensas no norte e no sul da Faixa de Gaza", onde pelo menos 50 palestinianos, entre os quais crianças, foram mortos em novos bombardeamentos, segundo os serviços de emergência.

Entretanto, Israel emitiu um aviso de evacuação para várias áreas no sul da Faixa de Gaza, antes do "forte ataque".

"A todos os residentes da Faixa de Gaza nas zonas de al-Qarara, município de al-Salqah, a sul de Deir al-Balah, e nos bairros de al-Jafarawi, al-Sawar, Abu Hadeb e al-Satr, este é um aviso final antes do ataque", escreveu um porta-voz do Exército israelita nas redes sociais.

No sábado, Israel tinha intensificado a ofensiva em Gaza, alegando ter como objetivo a libertação de reféns israelitas detidos pelo Hamas e a derrota do movimento islamita palestiniano.

As novas operações decorrem após uma intensa campanha militar realizada na semana passada, que envolveu ataques contra mais de 670 alvos do Hamas em todo o território, segundo o Exército.

As autoridades palestinianas condenaram a intensificação das operações de combate israelitas, indicando centenas de civis mortos nos últimos dias e ataques diretos a unidades hospitalares.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, disse hoje estar aberto a um acordo para interromper a ofensiva em curso, desde que implique a retirada do Hamas e a libertação dos reféns mantidos pelo grupo palestiniano.

O Hamas, por seu lado, fez saber que só aceitará um acordo que leve ao fim da guerra na Faixa de Gaza, numa fase em que uma equipa de negociação israelita se encontra no Qatar para discutir com os mediadores internacionais uma trégua.

Israel bloqueia desde 02 de março o acesso da ajuda humanitária na Faixa de Gaza, dias antes de ter quebrado o cessar-fogo que estava em vigor há cerca de dois meses.

Em 05 de maio, Israel anunciou um plano de conquista do território palestiniano, que inclui uma deslocação em massa da população, suscitando palavras de condenação em todo o mundo.

O conflito foi desencadeado pelos ataques liderados pelo grupo islamita palestiniano Hamas em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez cerca de 1.200 mortos, na maioria civis, e mais de duas centenas de reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma operação militar na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 53 mil mortos, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, a destruição de quase todas as infraestruturas do território e a deslocação forçada de milhares de pessoas.

As partes mantêm canais de negociação com os mediadores internacionais para uma nova suspensão das hostilidades e a libertação dos reféns ainda em posse do Hamas, mas não chegaram a acordo.

Leia Também: Israel emite aviso de evacuação para sul de Gaza antes de "forte ataque"

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