O candidato que lidera as sondagens para as eleições de domingo é um alto responsável do partido Plataforma Cívica, de Tusk, o presidente da câmara de Varsóvia, Rafal Trzaskowski.
"Dois dias antes das eleições, um grupo de 'hackers' russos que operam no [serviço de mensagens digitais] Telegram atacou os 'sites' da Internet da Plataforma Cívica", escreveu Tusk hoje à tarde na rede social X.
Segundo o chefe do Governo polaco, os 'sites' de outros partidos que integram a coligação no poder, a Esquerda e o Partido Popular Polaco (PSL), também foram alvo do ciberataque.
"Os serviços estão a levar a cabo ações intensivas neste caso. O ataque está em curso", afirmou.
Only two days before the Polish elections a group of Russian hackers active on Telegram have attacked the Civic Platform internet sites. Their target are also the websites of my coalition partners. Our services are conducting intensive operations. The attack is still on.
— Donald Tusk (@donaldtusk) May 16, 2025
As autoridades polacas estão também a investigar anúncios políticos pagos na rede social Facebook que um instituto de investigação estatal polaco, o NASK, identificou como possível ingerência eleitoral.
NASK é o acrónimo polaco de Rede Nacional de Investigação e Computação Académica.
O instituto indicou que denunciou a campanha de desinformação à Meta, proprietária do Facebook, e que os anúncios foram removidos.
"As contas de anúncios envolvidas na campanha gastaram nos últimos sete dias mais em conteúdos políticos do que qualquer comissão eleitoral", afirmou o NASK na quarta-feira.
"As ações destinavam-se a apoiar ostensivamente um dos candidatos e a desacreditar os outros", sublinhou.
Já no final de 2024, as autoridades polacas relataram até 1.000 ciberataques russos e bielorrussos por dia tendo como alvos instituições e agências governamentais, e associaram-nos ao apoio do país à vizinha Ucrânia, na sua guerra em curso há mais de três anos contra a invasão da Rússia.
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