"Trinta e cinco pessoas foram mortas e seis ficaram feridas neste trágico confronto. As forças de defesa e segurança intervieram rapidamente e conseguiram controlar a situação", declarou o porta-voz do Governo, Gassim Sherif Mahamat.
Mahamat não esclareceu a natureza da violência, embora a zona seja frequentemente afetada por confrontos entre agricultores e pastores.
Para o efeito, uma delegação governamental deslocou-se a Mandakao para avaliar "a dimensão do drama e prestar o apoio necessário às populações afetadas".
O Governo exprimiu "sinceras condolências às famílias das vítimas", bem como a sua "compaixão pelos feridos" e assegurou-lhes "apoio total".
Além disso, o Governo condenou "com a maior firmeza estes atos bárbaros" e assegurou que estão a ser tomadas todas as medidas necessárias para "identificar, localizar e levar a tribunal os autores e cúmplices".
O Governo exigiu "a detenção e a responsabilização de todos, num espírito de paz e de unidade nacional".
Num incidente separado, pelo menos 19 pessoas foram mortas em confrontos entre agricultores e pastores no departamento de Lac Iro, na província de Moyen-Chari, no sul do país, segundo fontes policiais e residentes locais em declarações à agência de notícias espanhola EFE.
O Chade é um dos maiores produtores de gado de África, que utiliza um método de pastagem tradicional, extensivo e caracterizado pela mobilidade dos animais em busca de água e de pasto.
A forte pressão sobre os recursos naturais, que estão a diminuir, devido - entre outros - aos efeitos da crise climática, deteriorou as relações entre os pastores nómadas muçulmanos e os agricultores nativos sedentários, na sua maioria cristãos ou animistas, com frequentes confrontos no sul e noutras zonas férteis do país.
Os agricultores acusam os pastores de pilhagens, de dar pastos aos animais nas suas terras e até mesmo de se instalarem em campos que consideram seus.
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