Este anúncio surge num contexto de tensões com a Rússia, país vizinho, e dois anos após a Finlândia ter aderido à NATO.
Os finlandeses, que são obrigados a prestar serviço militar, permanecem como reservistas até aos 50 anos, para o efetivo geral, ou até 60 anos, para o efetivo de oficiais.
"A capacidade de defesa da Finlândia baseia-se no recrutamento geral, numa reserva treinada e numa forte vontade de defender o país", disse o ministro da Defesa, Antti Hakkanen, na nota informativa.
Todos os homens são obrigados a prestar serviço militar a partir dos 18 anos na Finlândia, onde existem atualmente cerca de 900.000 reservistas.
"Ao aumentar a idade máxima dos reservistas, estamos a dar a mais pessoas a oportunidade de participar na defesa nacional (...). Uma reserva mais forte reforçará a segurança da Finlândia", explicou o ministro.
Caso a medida avance, a dimensão do efetivo de reservistas aumentará em cerca de 125 mil inscritos durante o período de transição de cinco anos, para atingir um total de um milhão até 2031, de acordo com o comunicado.
Este projeto legislativo está sujeito a consulta popular antes de ser apresentado ao parlamento.
"Isto mostra aos aliados da NATO que a Finlândia não hesitou quando se juntou à Aliança, e prova que está a levar muito a sério o reforço da sua defesa nacional", acrescentou Hakkanen.
A Finlândia, que partilha uma fronteira de 1.340 quilómetros com a Rússia, pôs fim a décadas de não alinhamento militar e juntou-se à Aliança Atlântica em abril de 2023.
A Finlândia encerrou a fronteira com a Rússia em dezembro de 2023, suspeitando que Moscovo estava a orquestrar a passagem de migrantes para desestabilizar o país vizinho.
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