A organização convocou uma conferência de imprensa em Roma, poucas horas antes da primeira votação do Conclave papal, onde denunciou que ambos os cardeais (agora presentes no Conclave), nas suas funções dentro da Igreja Católica, não agiram adequadamente em casos de abusos sexuais de menores.
Durante a audiência, a SNAP apresentou uma série de alegadas provas que demonstram a má conduta dos cardeais em relação a estes crimes, incluindo cartas assinadas pelo cardeal Grech, nas quais alegadamente se referia a casos de abuso, sugerindo que estava ciente dos mesmos.
Grech é acusado de "aconselhar pessoalmente um sobrevivente sobre o processo canónico, permitindo-lhe manter-se ativo após a denúncia" e de "ignorar as instruções do Vaticano", segundo a organização.
Por outro lado, o cardeal húngaro Péter Erdo é acusado de gerir mal um caso de abuso sexual ocorrido em 2003, no qual a vítima denunciou o incidente e o clérigo recusou encontrar-se com o jovem, que foi detido após uma das suas tentativas para o persuadir.
Segundo a organização, durante a investigação, a vítima foi obrigada a consultar vários psicólogos ligados à diocese, o que a organização descreve como uma "forma comum de intimidação" contra os sobreviventes.
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