Um homem norte-americano injetou-se, durante vários anos, com veneno de cobras. Agora, um grupo de cientista está a usar o seu sangue para criar um antídoto para as picadas de diferentes espécies do animal.
Segundo conta o site brasileiro g1, o homem, chamado Tim Friede, esteve, durante anos, a injetar de forma intencional pequenas doses de veneno de cobras mortíferas. A ideia do norte-americano era desenvolver tolerância ao veneno.
Ao longo dos anos, Tim Friede sofreu diversas reações, desde convulsões a febres altas. No entanto, sobreviveu e, de forma involuntária, ajudou a ciência.
Um grupo de cientistas, a partir das experiências do norte-americano, conseguiram desenvolver um antídoto experimental contra venenos de cobras, a partir do sangue de Friede.
Os investigadores analisaram amostras do sangue do homem, tendo identificado dois anticorpos gerados naturalmente pelo seu organismo após anos de exposição a venenos. Esses anticorpos foram capazes de neutralizar toxinas de diferentes espécies de cobras.
Por fim, através de testes em roedores, os anticorpos protegeram-nos contra o veneno de cobras perigosas, tais como a serpente mamba, a serpente naja e as cobras-coral.
Os resultados desta investigação foram publicados na revista iScience, sendo descrita como uma descoberta promissora.
Note-se que a pesquisa está ainda numa fase inicial e que os testes foram feitos apenas em animais. No entanto, o caminho 'aberto' por Tim Friede pode fazer com que, no futuro, existam tratamentos eficazes contas as mordidas de cobras.
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