Os ataques juntam-se às mortes de 49 pessoas, incluindo 10 crianças e um outro jornalista, em dois ataques a duas escolas, de acordo com fontes médicas palestinianas.
As equipas de resgate do Ministério da Saúde e da Defesa Civil do movimento islamita palestiniano Hamas, no poder na Faixa de Gaza, confirmaram as mortes nos dois ataques.
Um dos ataques ocorreu perto do restaurante Palmira, no bairro de Rimal, e o outro perto de um mercado, todos no extremo oeste da cidade de Gaza sitiada.
Entre os mortos, além de um número desconhecido de crianças, estava o jornalista Yahya Sobeih, que, segundo outros repórteres, tinha acabado de ser pai.
"O Exército de ocupação israelita cometeu quatro massacres sangrentos nas últimas 24 horas, visando deliberadamente aglomerações de civis e de deslocados. Estes ataques concentraram-se no bombardeamento de duas escolas que albergam mais de 10 mil deslocados, além de um ataque a um restaurante e a um movimentado mercado público", denunciou o gabinete de imprensa do Hamas, em comunicado, após o ataque.
Na terça-feira, uma aeronave israelita bombardeou a escola Abu Hamisah, gerida pela agência da ONU para os refugiados palestinianos, a UNRWA, em Bureij, que sofreu posteriormente um segundo ataque, matando um total de 33 pessoas, incluindo nove crianças e seis mulheres.
Israel matou ainda 16 pessoas num novo ataque, hoje de manhã, contra a escola de Karama, que acolhe deslocados, também na cidade de Gaza, incluindo um jornalista, uma criança e duas mulheres.
Num comunicado, o Governo de Gaza informou que 213 profissionais dos media morreram no enclave desde o início da guerra em outubro de 2023, condenando "nos termos mais fortes os ataques sistemáticos, o assassinato e a morte de jornalistas palestinianos pela ocupação israelita".
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