Num momento em que a Igreja Católica não tem um líder eleito, 173 cardeais católicos reunidos na última Congregação Geral antes do Conclave que irá eleger o sucessor do Papa Francisco convidaram os fiéis a rezar e a "intensificar a sua súplica ao Senhor por uma paz justa e duradoura" no mundo.
"Constatando com pesar que não se registaram progressos no avanço dos processos de paz na Ucrânia, no Médio Oriente e em tantas outras partes do mundo, e que, pelo contrário, se intensificaram os ataques, especialmente contra a população civil", os cardeais fizeram um apelo aos governantes que optem por negociações.
"Lançamos um apelo sincero a todas as partes envolvidas para que cheguem o mais rapidamente possível a um cessar-fogo permanente e negociem, sem condições prévias e sem mais demoras, a paz há muito desejada pelos povos envolvidos e pelo mundo inteiro", escrevem ainda os cardeais, na nota divulgada pela Santa Sé.
Durante a reunião desta manhã, "procedeu-se à anulação do Anel do Pescador e do selo de chumbo" de Francisco, referiu o Vaticano no mesmo comunicado.
O Conclave tem início na quarta-feira, dia 07 de maio, e caberá aos 133 cardeais eleitores, com menos de 80 anos, a responsabilidade de escolher o sucessor de Francisco.
Todos os dias serão feitas quatro votações e o futuro Papa deverá ter pelo menos dois terços dos boletins contados.
Portugal tem, pela primeira vez desde que o colégio cardinalício foi criado, quatro cardeais eleitores no conclave que irá escolher o sucessor de Francisco: António Marto, Américo Aguiar, Manuel Clemente e Tolentino de Mendonça.
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