UE pede a Israel contenção no plano para expansão da ofensiva em Gaza

A diplomacia da União Europeia pediu hoje a Israel contenção face à aprovação de um plano para expandir a ofensiva israelita no território palestiniano de Gaza, e o levantamento do bloqueio no acesso à ajuda humanitária.

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© Dursun Aydemir/Anadolu via Getty Images

Lusa
05/05/2025 15:20 ‧ há 4 horas por Lusa

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Médio Oriente

"A União Europeia está preocupada com o prolongamento destas operações em Gaza, que conduzirão a mais vítimas e a mais sofrimento para a população palestiniana. A UE apela a Israel para que se contenha", afirmou o porta-voz da Comissão Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Anouar El Anouni.

 

Questionado na conferência de imprensa diária da instituição, em Bruxelas, sobre o novo plano aprovado pelo governo israelita, o responsável instou também Israel a "levantar o bloqueio a Gaza para que a ajuda humanitária possa ser amplamente distribuída pois a população palestiniana já sofreu o suficiente nos últimos anos e que é tempo de pôr fim à violência e ao sofrimento".

"A negociação é o único método, a única forma de avançar para o regresso dos reféns e para o fim de todas as hostilidades", adiantou Anouar El Anouni.

Israel bloqueou, em março, o acesso de ajuda humanitária a Gaza para impedir o grupo islamita Hamas de aceder ao material que entra na Faixa.

O gabinete de segurança de Israel aprovou a expansão da ofensiva em Gaza, que incluirá a "conquista da Faixa de Gaza", o controlo de territórios no enclave e a promoção da "saída voluntária dos residentes de Gaza" do território palestiniano, afirmou hoje uma fonte oficial israelita.

"O gabinete aprovou também por larga maioria a possibilidade de distribuição [de ajuda] humanitária, se necessário, para impedir o Hamas de assumir o controlo dos fornecimentos", explicou a mesma fonte.

O plano israelita, que segundo a fonte seria implementado de forma gradual, pode marcar uma escalada significativa dos combates em Gaza, que recomeçaram em 18 de março, depois de Israel quebrar o cessar-fogo que havia sido estabelecido entre as partes.

Israel já controla cerca de metade do território de Gaza, incluindo uma zona tampão ao longo da fronteira com Israel, bem como três corredores que vão de leste a oeste ao longo da Faixa.

A guerra em Gaza começou em outubro de 2023, quando militantes liderados pelo Hamas atacaram o sul de Israel, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns. Israel diz que 59 prisioneiros permanecem em Gaza, embora se acredite que cerca de 35 estejam mortos.

A ofensiva de Israel matou mais de 52 mil pessoas em Gaza, muitas destas mulheres e crianças, segundo as autoridades de saúde palestinianas, controladas pelo Hamas.

Os combates deslocaram mais de 90% da população de Gaza, incluindo várias vezes, e transformaram Gaza numa paisagem inabitável.

Leia Também: Gaza. Portugal diz não haver "plano B" além da solução de dois Estados

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