"Glória ao Iémen por ter intensificado os ataques contra o coração da entidade sionista ilegítima [Israel]", disse o porta-voz das brigadas, Abu Obeida, num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Obeida disse que o ataque "frustrou os sistemas de defesa mais avançados do mundo" e atingiu os alvos com precisão.
Os hutis reivindicaram a responsabilidade pelo ataque ao aeroporto Ben-Gurion, onde um míssil caiu a algumas centenas de metros do terminal principal.
O porta-voz militar dos hutis, Yahya Saree, afirmou que os rebeldes "visaram o aeroporto Ben-Gurion com um míssil balístico hipersónico que atingiu com sucesso o alvo", segundo a AFP.
Os hutis também voltaram a advertir "todas as companhias aéreas internacionais contra a continuação dos voos para o aeroporto Ben-Gurion, uma vez que este se tornou perigoso para o tráfego aéreo".
Desconhece-se ainda se o impacto foi do míssil dos hutis ou de um míssil de interceção israelita.
O ataque causou seis feridos ligeiros e a interrupção das operações no aeroporto internacional durante cerca de uma hora.
Israel prometeu responder ao ataque dos hutis, que são apoiados pelo Irão.
A resposta será discutida numa videoconferência que o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, manterá com o ministro da Defesa, Israel Katz, e outros elementos da defesa às 15:00 locais (13:00 em Lisboa), segundo o jornal The Times of Israel.
A reunião "analisará as possíveis respostas, incluindo um ataque israelita direto aos meios dos hutis no Iémen", disse o jornal, citando uma fonte oficial.
Mais tarde, pelas 19h00 (17h00), Netanyahu vai reunir o gabinete de segurança para discutir a expansão da campanha militar em Gaza, os combates na Síria e o ataque dos hutis, entre outros assuntos, acrescentou o jornal.
Os hutis controlam parte do Iémen, um país do sudoeste da Península da Arábia devastado por uma guerra civil iniciada em 2014.
Os rebeldes xiitas integram o chamado "eixo de resistência" a Israel, liderado pelo Irão.
A aliança inclui outros grupos radicais da região, como os palestinianos Hamas, as Brigadas Ezzedine Al-Qassam e a Jihad Islâmica, e o Hezbollah libanês.
Leia Também: Rebeldes do Iémen reivindicam ataque contra aeroporto de Telavive