A ERCA, na sua mensagem alusiva ao Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, que se assinala no dia 03 de maio, saúda os profissionais da comunicação social angolana pela sua "resiliência e capacidade de adaptação", numa conjuntura económico-financeira "menos favorável, que afeta, em grande medida, a capacidade de produção e de cobertura dos factos por muitos órgãos".
O regulador refere que todos os profissionais da comunicação social, independentemente do seu estatuto, são chamados a trabalhar nos marcos legais, para a salvaguarda dos direitos dos cidadãos a uma informação objetiva, isenta e imparcial.
Apela para a necessidade de se prestar atenção aos problemas da atualidade, "atrelados" ao advento das novas tecnologias de informação e comunicação, tais como a "informação falsa, a desinformação e o discurso do ódio, que se disseminam com alguma facilidade nas plataformas digitais".
É aos média tradicionais que cabe a responsabilidade de "desencorajar e contrariar essa tendência nociva dos dias correntes", promovendo o debate público, através da difusão de factos verídicos, contados com clareza e relatados de acordo com os princípios da ética e envolvendo todos os atores dos factos a relatar, refere-se na mensagem.
"Impacto da Inteligência Artificial na Liberdade de Imprensa e nos Meios de Comunicação Social" é o lema das celebrações do Dia Mundial da Liberdade de Imprensa 2025, como recorda a ERCA, considerando que "o exercício pleno das liberdades de expressão, de informação e de imprensa, consagrados na Constituição angolana, representa um compromisso do Estado angolano" com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
A ERCA defende igualmente que não obstante os avanços tecnológicos que se observam, com enfoque na Inteligência Artificial, "é imperioso que, no exercício da sua nobre missão, os profissionais dos média não se deixem substituir pelas novas tecnologias por mais avançadas que se apresentem".
Encoraja ainda a classe profissional angolana a cumprir escrupulosamente o Estatuto dos Jornalistas, o Código de Ética e Deontologia e implementar os Conselhos de Redação, "enquanto mecanismos de autorregulação e como fator de equilíbrio nas relações entre profissionais e o patronato".
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