Líbano recusa ser usado pelo Hamas para atacar Israel

O Líbano advertiu hoje o grupo extremista palestiniano Hamas, que controla a Faixa de Gaza, contra a utilização do território libanês para ações contra Israel que ameacem a segurança nacional.

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Lusa
02/05/2025 11:47 ‧ há 11 horas por Lusa

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Médio Oriente

A advertência foi feita pelo Conselho Superior de Defesa, a mais alta autoridade de segurança do Líbano, que inclui os principais dirigentes do país.

 

"O Hamas e outras fações não poderão pôr em perigo a estabilidade nacional", declarou o Conselho num comunicado lido pelo brigadeiro-general Mohammed al-Mustafa.

"A segurança dos territórios do Líbano está acima de tudo", referiu, citado pela agência de notícias norte-americana Associated Press (AP).

A declaração surge na sequência de recentes ataques com foguetes do Líbano contra Israel, que levaram a ataques israelitas em retaliação, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Vários libaneses e palestinianos foram detidos por suspeita de terem disparado 'rockets' do Líbano para o norte de Israel.

"As medidas mais severas serão tomadas para pôr fim a qualquer ato que infrinja a soberania do Líbano", avisou o Conselho Superior de Defesa, sem especificar as medidas.

As autoridades do Hamas não responderam imediatamente aos pedidos de comentário da AP.

O Hamas governa a Faixa de Gaza desde 2007 e enfrenta uma ofensiva israelita desde que atacou Israel em 07 de outubro de 2023.

O Líbano foi envolvido no conflito através do grupo libanês Hezbollah, que atacou o norte de Israel e levou a uma invasão israelita do sul do país.

A liderança histórica do Hezbollah, um grupo apoiado pelo Irão tal como o Hamas, foi eliminada pelas forças israelitas.

Também o Hamas realizou vários ataques contra Israel a partir do Líbano, onde tem uma presença armada.

Israel efetuou ataques aéreos que mataram oficiais do Hamas, incluindo um dos principais chefes militares do grupo, Saleh Arouri, em Beirute.

As autoridades libanesas estão a tentar estabelecer a autoridade no país, principalmente no sul, perto da fronteira com Israel, após a guerra de 14 meses entre o exército israelita e o Hezbollah.

O conflito com o grupo libanês terminou no final de novembro com um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos.

A reunião do Conselho Superior de Defesa contou com a presença de altos funcionários, incluindo o Presidente do Líbano, o primeiro-ministro, o comandante do Exército e os chefes dos serviços de segurança.

O comunicado do Conselho citava o primeiro-ministro Nawaf Salam como tendo dito que todas as "armas ilegais" devem ser entregues ao Estado.

O Presidente palestiniano, Mahmoud Abbas, deverá visitar o Líbano no final de maio.

Apesar do acordo de cessar-fogo, Israel continua a efetuar ataques aéreos quase diários no Líbano, que já causaram a morte de dezenas de civis e membros do Hezbollah.

A agência noticiosa nacional libanesa informou que um 'drone' israelita disparou hoje três mísseis contra uma estação de serviço na aldeia de Houla, no sul do país, ferindo cinco pessoas.

Israel anunciou na quinta-feira ter matado um oficial da força de elite Radwan do Hezbollah num ataque de 'drone' no sul do Líbano.

 

Leia Também: Ataques israelitas no Líbano fazem pelo menos três mortos

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