Uma mulher de 63 anos foi resgatada pelas autoridades, no final de março, depois de ter passado mais de 30 anos a prestar serviços de empregada doméstica para uma família de Belo Horizonte, no Brasil, sem salário ou qualquer direito laboral.
A idosa vivia e trabalhava na residência desde a década de 1990, sendo-lhe exigido que cozinhasse, lavasse e passasse a roupa, limpasse a casa e cuidasse das crianças, idosos e animais da família. Contudo, recebia apenas teto e alimentação pelas funções desempenhadas. Não tinha, além disso, horário de trabalho definido, não descansava aos fins de semana e feriados e não tinha dias de férias, noticiou o g1.
O mesmo meio adiantou que a mulher dormia num quarto sem ventilação adequada, era alvo de violência psicológica e assédio moral, vestia roupas usadas e doadas pelos patrões e não tinha acesso a cuidados de saúde.
Apesar de os empregadores terem assegurado que a idosa era tratada como se fosse “parte da família”, as autoridades consideraram que não era reconhecida nem como empregada, nem como familiar. Além disso, a mulher não tem parentes próximos, tem baixa escolaridade e problemas de saúde.
A vítima foi retirada da habitação e encaminhada para uma instituição, onde está a receber acompanhamento médico.
A operação, que se iniciou em fevereiro, foi levada a cabo pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com o apoio do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Militar.
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