"A agressão dos EUA, que teve como alvo o edifício de gestão de água no distrito de al-Mansouriya, na província de Hodeida, com vários ataques na terça-feira, fez três mortos e outros dois feridos, a maioria funcionários", disse o porta-voz do Ministério da Saúde Huthi, Anees Alasbahi, sublinhando que este era um número preliminar.
Anteriormente, os meios de comunicação social Huthis noticiaram ataques dos EUA contra vários locais sob o controlo dos rebeldes xiitas apoiados pelo Irão, incluindo infraestruturas hídricas na província de Hodeida.
Relataram ainda três ataques na província de Hajja, no noroeste, e mais três no bastião do grupo rebelde em Saada, no norte do país do Médio Oriente.
Os Estados Unidos não confirmaram que tenham realizado estes ataques.
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou uma operação de grande envergadura contra os rebeldes em 16 de março e, desde então, tem havido ataques quase diários no Iémen, os quais resultaram em dezenas de mortos.
Os rebeldes, que controlam grande parte do Iémen, integram o chamado "eixo de resistência" contra Israel e os Estados Unidos liderado pelo Irão e de que fazem parte outros grupos radicais, como o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.
Na segunda-feira, Trump afirmou que, caso os rebeldes do Iémen não parem de atacar navios norte-americanos, "a verdadeira dor ainda está por vir, tanto para os Huthis, como para os patrocinadores no Irão".
"A escolha para os Huthis é clara: parem de disparar contra os navios dos EUA e nós paramos de disparar contra vós. Caso contrário, ainda agora começámos", escreveu Trump, na rede social que detém, a Truth Social.
Na última madrugada, os Huthis disseram ter abatido um drone norte-americano a 200 quilómetros da capital do Iémen, Saná.
"As nossas defesas aéreas abateram com sucesso um drone MQ-9 Reaper enquanto este realizava missões hostis no espaço aéreo [da província] de Marib", anunciou na segunda-feira o porta-voz militar do grupo, Yahya Sari.
O dirigente disse que a operação surgiu "em retaliação pela agressão dos EUA (...), que lançou vários ataques em várias áreas nas últimas horas, causando mortes, feridos e danos materiais".
Numa declaração publicada na plataforma de mensagens Telegram, Yahya Sari explicou que foi utilizado um míssil fabricado localmente para abater a aeronave não tripulada.
De acordo com o comunicado, "este é o décimo sexto drone" que as defesas aéreas dos Huthis intercetaram com sucesso desde o início da operação militar contra alvos israelitas ou norte-americanos.
Yahya Sari afirmou ainda que "persistirão em impedir a navegação israelita nos mares Vermelho e Arábico e continuarão a apoiar o povo palestiniano até que a agressão contra Gaza cesse e o bloqueio israelita à ajuda humanitária seja levantado".
"Não hesitaremos em realizar novas operações defensivas contra todos os navios de guerra inimigos nos próximos dias", prometeu.
Segundo o governo dos Huthis, duas pessoas foram mortas na segunda-feira por um ataque dos Estados Unidos contra um veículo na província de Hajjah, no noroeste do Iémen.
"Aviões de agressão americanos bombardearam um veículo [modelo] 'Hilux' no distrito de Bani Qais (Al Tur) na província de Hajjah (...), matando duas pessoas e ferindo uma criança", disse o porta-voz do departamento de Saúde, Anis Al-Asbahi.
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