Taiwan diz ter avistado porta-aviões chinês Shandong perto da ilha

A China enviou o porta-aviões Shandong e outros navios de guerra para as imediações de Taiwan, anunciaram hoje as autoridades taiwanesas, após as Forças Armadas chinesas iniciarem exercícios militares em torno da ilha.

Taiwan President visits military base in eastern Taiwan

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Lusa
01/04/2025 03:47 ‧ 01/04/2025 por Lusa

Mundo

Taiwan

O Ministério da Defesa de Taiwan disse que detetou 19 navios nas últimas 24 horas e que está "a acompanhar de perto os movimentos do porta-aviões Shandong e de outros aviões e navios que entraram na zona de resposta de Taiwan", afirmou em comunicado.

 

As Forças Armadas de Taiwan ativaram o "mecanismo de resposta" à nova vaga de exercícios militares de Pequim em torno da ilha, que, segundo o ministério, representa um "desafio aberto à ordem internacional" e compromete a "estabilidade regional".

Todo o pessoal de serviço está em alerta máximo e atuará com base no princípio de "não escalar conflitos ou provocar disputas", respondendo a incursões na "zona cinzenta" com cautela.

"As Forças Armadas têm a capacidade, a determinação e a confiança para defender a soberania nacional e a segurança do povo", declarou o ministério.

O ministério afirmou que, desde 29 de março, tem vindo a "monitorizar sucessivamente" os movimentos do grupo de batalha do porta-aviões Shandong, que entrou na Zona de Identificação de Defesa Aérea de Taiwan na segunda-feira.

O ministério acusou o regime do Partido Comunista Chinês de intensificar as atividades militares nas proximidades de Taiwan e no Indo-Pacífico nos últimos anos, "aumentando constantemente a sua ameaça militar" tanto na região como no mundo.

"Por outro lado, os problemas internos das Forças Armadas [da China], incluindo a corrupção desenfreada e a falsa capacidade de combate, evidenciam a sua fragilidade sob a capa de força", afirmou a pasta.

As Forças Armadas chinesas anunciaram hoje novas manobras em torno de Taiwan, envolvendo unidades do exército, marinha, aviação e força de foguetões, "num aviso sério às forças separatistas que procuram a independência da ilha".

"Estes exercícios centram-se principalmente em patrulhas de prontidão de combate mar - ar, ataques a alvos marítimos e terrestres e bloqueios em áreas-chave e rotas marítimas para testar a capacidade de operações conjuntas das nossas tropas", afirmou, em comunicado, o Comando do Teatro Oriental de Operações do Exército de Libertação Popular.

Os exercícios foram realizados depois de o líder de Taiwan, William Lai Ching-te, considerado um "independentista" e um "desordeiro" pelo Governo chinês, ter apelidado a China de "força externa hostil" e anunciado iniciativas para travar as operações de "infiltração" de Pequim na ilha.

Taiwan é governada de forma autónoma desde 1949 e possui o seu próprio exército e um sistema político, económico e social, diferente do da República Popular da China, mas Pequim considera Taiwan uma "parte inalienável" do seu território.

A China intensificou nos últimos anos a pressão sobre o território, organizando com frequência exercícios militares de grande envergadura que simulam um bloqueio marítimo e aéreo da ilha.

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