Moldova expulsa três diplomatas da embaixada da Rússia

A Moldova deu ordem de expulsão a três funcionários da embaixada da Rússia em Chisinau por alegadas atividades contrárias ao estatuto diplomático, anunciou hoje a diplomacia moldava.

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© LUDOVIC MARIN/AFP via Getty Images

Lusa
31/03/2025 15:54 ‧ 31/03/2025 por Lusa

Mundo

Moldova

"A decisão das autoridades baseia-se em provas claras de atividades contrárias ao estatuto diplomático no território da República da Moldova", afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros num comunicado citado pela agência espanhola Europa Press.

 

O ministério acrescentou que os três funcionários russos estavam "prestes a deixar o país", mas não forneceu pormenores sobre as alegadas atividades que motivaram a decisão.

As relações entre a Rússia e a Moldova agravaram-se desde o início da invasão russa da vizinha Ucrânia, e também devido ao aumento das tensões na Transnístria, uma região separatista moldava pró-Moscovo.

A Presidente da Moldova, Maia Sandu, acusou em várias ocasiões a Rússia de tentar desestabilizar a situação política no país e apelou a uma punição severa das pessoas envolvidas nessas atividades.

A tensão entre as duas repúblicas levou Moscovo e Chisinau a várias expulsões recíprocas de pessoal diplomático.

O agravamento das relações coincide com a detenção na Moldova da política pró-russa e chefe da região autónoma de Gagaúzia, Evgenia Hutsul, na terça-feira.

Hutsul apelou à ajuda do Presidente russo, Vladimir Putin, do Presidente norte-americano, Donald Trump, e também do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

"Gagaúzia enfrenta hoje uma pressão sem precedentes por parte das autoridades moldavas, que estão a eliminar a oposição política, a espezinhar os direitos e a reprimir os habitantes", afirmou Hustul, citada pela agência espanhola EFE.

Hutsul, 38 anos, foi detida no aeroporto de Chisinau quando ia viajar para Istambul, na Turquia.

É suspeita de "gestão fraudulenta de fundos eleitorais, financiamento ilegal e falsificação de documentos" durante a campanha de 2023 que levou à sua eleição como governadora de Gagaúzia, segundo a agência anticorrupção moldava.

Num outro caso, é acusada de financiamento obscuro do partido, agora proibido, do oligarca Ilan Shor, que fugiu para Moscovo depois de ter sido condenado por fraude.

Com cerca de 134.000 habitantes, segundo dados de 2014, a região autónoma da Gagaúzia situa-se no sul da Moldova, entre a Roménia e a Ucrânia.

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