Uma mulher, da Pensilvânia, nos Estados Unidos, pagou 12 dólares, cerca de 11 euros, por um desenho que poderá ser uma peça original do impressionista francês Pierre-Auguste Renoir.
À ABC News, Heidi Markow, proprietária da Salvage Goods Antiques, em Easton, contou que encontrou a peça num leilão de colecionadores em Montgomery County, no passado mês de janeiro.
Na altura, juntamente com o filho, que também é seu sócio, reparou imediatamente no desenho a carvão de uma mulher.
"Eu não sabia o que era, só sabia que a queria", disse. "A peça destacou-se para mim como algo especial", acrescentou.
Assim, instruiu o filho a licitar, além do desenho, outras duas peças que também lhe tinham interessado, enquanto via outros itens.
Mais tarde, encontraram-se e o preço das peças surpreendeu-a. "Perguntei-lhe: 'Quanto pagaste por elas?' e ele disse: '12 dólares cada'. Tudo o que havia antes disso estava a ser licitado na casa dos milhares.", recordou.
Já quando chegaram a casa, Heidi Markow reparou numa assinatura no desenho. Além disso, o "o estado meticuloso" da moldura e o tipo de papel, levaram-na a acreditar que se poderia tratar de uma obra de Renoir. Um carimbo no verso também indicava que tinha sido trazida para os Estados Unidos por um importador de luxo e vendida a um colecionador de arte proeminente.
Heidi acredita que o desenho é um retrato de Aline Charigot, a mulher de Renoir, e data de finais de 1800.
Após meses de pesquisa, Heidi contactou a Sotheby's, que a encaminhou para um avaliador de arte. Após a inspeção, o avaliador confirmou a sua teoria.
A mulher enviou, agora, a obra para o Instituto Wildenstein Plattner, em Nova Iorque, para uma análise mais aprofundada, e a organização também considerou o desenho como uma peça original de Renoir.
A última análise do Instituto será em abril e decidirá se a inclui no seu Catálogo Raisonné, o que significa que "acreditam que é autêntica".
"É rigoroso, eles são muito exigentes no exame. Estou cautelosamente otimista", disse Heidi.
Mesmo que a organização não decida apresentar a obra de arte, isso não significa que ela não seja autêntica, mas que é necessário investigar mais, ressalvou a norte-americana.
Caso consiga o "bilhete dourado", Heidi planeia vender a obra, que poderá atingir os "seis ou sete dígitos".
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