"Durante a noite, caças da Força Aérea israelita atingiram radares e dispositivos de deteção (...) no sul da Síria", disse o exército israelita, em comunicado.
"As posições de comando e os locais onde armas e equipamento militar pertencentes ao regime sírio estavam localizados no sul da Síria também foram atingidos", referiu.
"Estes alvos foram atingidos para eliminar ameaças futuras", concluiu, na mesma nota.
Os meios de comunicação social estatais sírios noticiaram vários ataques israelitas na província de Deraa na noite de segunda-feira.
Já a organização não-governamental (ONG) Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) registou 17 ataques que visaram posições militares do antigo exército do presidente sírio Bashar al-Assad, incluindo plataformas de observação e tanques.
Assim que Al-Assad foi deposto, em 08 de dezembro, Israel enviou tropas para uma zona tampão desmilitarizada nos montes Golã, no sudoeste da Síria, na orla da parte do planalto ocupada por Israel desde a guerra de 1967 e anexada em 1981.
Israel tem realizado centenas de ataques contra instalações militares do antigo regime na Síria, alegando que quer evitar que o arsenal caia nas mãos das novas autoridades.
Em 23 de fevereiro, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, exigiu "a desmilitarização total do sul da Síria", a parte vizinha de Israel, sublinhando que o país não ia tolerar que as forças do novo Governo sírio se deslocassem para o sul de Damasco.
Recentemente, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Gideon Saar, considerou que a Síria é agora governado por extremistas islâmicos.
Durante a guerra civil síria, que começou em 2011, Israel realizou centenas de ataques contra posições do exército sírio e aliados, incluindo o movimento xiita libanês Hezbollah e o Irão.
Em 08 de dezembro, um grupo de combatentes rebeldes, liderados pela Organização para a Libertação do Levante (Hayat Tahrir al-Sham, HTS) depôs Bashar al-Assad, que fugiu para a Rússia.
Após 14 anos de guerra civil, a Síria tem agora um Governo de transição dirigido pelo líder do HTS, Ahmed al-Charaa.
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