Exército libanês acusa Israel de levar deliberadamente colonos

O exército libanês acusou hoje as autoridades de Israel de "levarem deliberadamente colonos" israelitas para visitar um "suposto santuário religioso" no sul do Líbano, o que constitui uma "flagrante violação da soberania nacional" libanesa.

Notícia

© Karamallah Daher/Reuters

Lusa
07/03/2025 15:30 ‧ 07/03/2025 por Lusa

Mundo

Líbano

"A entrada de colonos israelitas em território libanês é um aspeto da persistência do inimigo em violar as leis internacionais, resoluções e acordos pertinentes, especialmente a Resolução 1701 [do Conselho de Segurança da ONU] e o acordo de cessar-fogo", segundo um comunicado emitido pelas autoridades militares libanesas no seu portal na internet.

 

O incidente ocorreu perto de Hula, uma cidade no extremo sul do Líbano, a apenas dois quilómetros da fronteira com Israel.

O exército libanês sublinhou que está a monitorar os acontecimentos em coordenação com "o comité de cinco membros que supervisiona o acordo de cessar-fogo", bem como com a Força Interina das Nações Unidas no Líbano (UNIFIL).

Os israelitas acreditam que a zona em questão é o local onde está sepultado um rabino judeu do século IV.

No entanto, no Líbano esta versão não é aceite e os libaneses afirmam que os restos mortais do xeque Abbad, um clérigo muçulmano e fundador do movimento xiita no país, é que repousam na zona.

O movimento xiita libanês Hezbollah começou a disparar foguetes através da fronteira com Israel em 08 de outubro de 2023, um dia depois do ataque liderado pelo grupo islamita palestiniano Hamas no sul de Israel que desencadeou a guerra em Gaza. Israel respondeu com bombardeamentos e ataques aéreos no Líbano e as duas partes entraram num conflito crescente que se transformou numa guerra total no final de setembro.

Mais de 4.000 pessoas foram mortas no Líbano e mais de um milhão foram deslocadas no auge do conflito, das quais mais de 100.000 não puderam regressar a casa. Do lado israelita, dezenas de pessoas foram mortas e cerca de 60.000 continuam deslocadas.

O acordo de cessar-fogo que interrompeu em novembro o conflito entre Israel e o Hezbollah estipula que as forças israelitas devem retirar-se do sul do território libanês, enquanto o movimento xiita deve manter-se afastado da fronteira entre os dois países e desmantelar as suas infraestruturas militares. No entanto, após o prazo estabelecido pelo acordo, Israel manteve-se em cinco posições que considera estratégicas no sul do Líbano.

Leia Também: Israel atinge lançadores de foguetes no sul do Líbano

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas