Presidente da autoproclamada República da Abecásia vence à 2.ª volta

O presidente em exercício da autoproclamada República da Abecásia, Badra Gunba, venceu com 54,73% dos votos a segunda volta das eleições presidenciais naquela região, segundo dados preliminares fornecidos hoje pelas autoridades abecásias.

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© Maksim Konstantinov/SOPA Images/LightRocket via Getty Images

Lusa
02/03/2025 13:30 ‧ 02/03/2025 por Lusa

Mundo

Abecásia

O seu rival, Adgur Ardzinba, recebeu 41,54% dos votos expressos, disse o chefe da Comissão Eleitoral Central (CEC), Dmitry Marshan, numa conferência de imprensa, segundo agências russas, citadas pela Efe.

 

Marshan acrescentou que os dados finais das eleições, nas quais participou quase 70% do eleitorado, estimado em cerca de 150 mil eleitores, serão conhecidos dentro de três dias.

Embora tenha admitido que "algumas irregularidades" ocorreram durante a votação de sábado, salientou que não influenciaram os resultados.

Na primeira volta, em 15 de fevereiro, Gunba venceu com 46,38% dos votos, enquanto Ardzinba obteve 36,92%.

As eleições, cuja legitimidade não é reconhecida pela Geórgia nem pela comunidade internacional, foram convocadas extraordinariamente após a demissão do anterior presidente, Aslan Bjania, em novembro passado, face à pressão da oposição que paralisou a gestão do executivo.

Os opositores tomaram os principais edifícios governamentais da República separatista em protesto contra um acordo de investimento com Moscovo que consideraram desastroso para os interesses da Abcásia, que se separou de facto da Geórgia no início da década de 1990.

Após violentos tumultos, o Parlamento acabou por rejeitar o polémico documento.

Ainda antes da primeira volta da votação, a União Europeia anunciou que não reconhece o "quadro constitucional e legal" das eleições presidenciais da Abecásia e "apoia a integridade territorial e a soberania da Geórgia, tal como reconhecidas pelo direito internacional".

Segundo o Governo georgiano, qualquer votação num território ocupado -- como Tbilisi considera a Abecásia -, é "ilegal e não tem qualquer efeito jurídico, pois contradiz os princípios e normas fundamentais do direito internacional".

Após a guerra russo-georgiana de 2008 pelo controlo da região separatista georgiana da Ossétia do Sul, a Rússia reconheceu a independência da Ossétia do Sul e da Abecásia.

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