O incêndio que deflagrou numa zona de trabalho onde as condições dificultavam a retirada, informou a agência noticiosa CNA de Taiwan.
O fogo começou num complexo do armazém, propagando-se rapidamente à medida que os materiais de isolamento derretidos ajudavam a intensificar as chamas.
As autoridades confirmaram que cinco das vítimas foram encontradas no mezanino do terceiro andar, uma área caracterizada por longos corredores e saídas de emergência distantes.
O diretor-geral adjunto da Administração da Segurança no Trabalho do Ministério do Trabalho, Wan Rongfu, afirmou hoje que a gestão dos vários subcontratantes envolvidos será fundamental para as investigações.
Adiantou que alguns dos responsáveis ainda não foram localizados e que a procuradoria de Taichung continua a interrogar as pessoas relevantes para esclarecer as causas do incêndio.
O governo municipal ordenou a paragem dos trabalhos no local e impôs sanções com base em três leis, incluindo a Lei de Controlo da Poluição Atmosférica, que pode resultar em multas até cinco milhões de dólares taiwaneses (147.502 euros) devido aos elevados níveis de PM2,5 detetados após o incêndio, que atingiram 1.500 microgramas por metro cúbico.
Duas das vítimas eram trabalhadores migrantes vietnamitas em situação irregular, o que levou à aplicação de multas aos empregadores e empreiteiros responsáveis.
As famílias dos falecidos estão a receber assistência para se candidatarem a prestações do seguro de trabalho, incluindo uma compensação financeira do governo.
O Presidente da Câmara de Taichung, Lu Shiow-yen, visitou os feridos e apelou ao PX Mart, a maior cadeia de supermercados de Taiwan, com mais de 1.200 sucursais, para que indemnizasse adequadamente as vítimas.
A empresa confirmou que vai cooperar plenamente com as investigações sobre o incêndio, cujas causas específicas ainda não foram determinadas, e reiterou o seu empenhamento na segurança das suas instalações.
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