Rússia lança mísseis intercontinentais em exercícios de dissuasão nuclear

A Rússia testou esta terça-feira o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro intercontinentais a partir de locais terrestres, aéreos e marítimos, no âmbito do exercício de forças estratégicas de dissuasão nuclear.

Notícia

© Lusa

Lusa
29/10/2024 15:49 ‧ 29/10/2024 por Lusa

Mundo

Rússia

O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, informou o "camarada comandante supremo", o Presidente Vladimir Putin, sobre o cumprimento das missões para lançar "um ataque nuclear maciço (...) em resposta a um ataque nuclear inimigo", segundo um comunicado.

 

As forças estratégicas russas lançaram um míssil Yars desde o cosmódromo de Plesetsk até à cordilheira de Kura, na península de Kamchatka, no Extremo Oriente russo, que percorreu cerca de 6.000 quilómetros.

Além disso, os mísseis intercontinentais Bulavá e Sineva foram lançados a partir dos submarinos atómicos Kniaz Oleg, no Mar de Okhotsk, e Novomoskovsk, no Mar de Barents.

Os bombardeiros estratégicos TU-95MS também lançaram mísseis de cruzeiro.

"As missões planeadas no âmbito das manobras das forças estratégicas de dissuasão foram concluídas na sua totalidade. Todos os mísseis atingiram o seu objetivo", pode ler-se no comunicado do Ministério da Defesa.

Putin ordenou hoje a realização de exercícios das forças estratégicas de dissuasão nuclear para testar o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro.

"Vamos treinar as ações dos comandantes para controlar o uso de armas nucleares com lançamentos de mísseis balísticos e de cruzeiro", disse Putin durante um comunicado transmitido pela televisão russa.

O Presidente russo sublinhou que, "tendo em conta o aumento das tensões geopolíticas e o surgimento de novas ameaças e riscos externos, é importante ter forças estratégicas modernas e permanentemente prontas a serem utilizadas no combate".

Putin salientou que a tríade nuclear - mísseis intercontinentais, submarinos atómicos e aviação estratégica - continua a ser um "garante fiável da soberania e segurança do país", dizendo que estas armas permitem à Rússia "cumprir as tarefas de dissuasão estratégica".

No entanto, Putin garantiu que, embora a Rússia pretenda reforçar as suas forças nucleares com armas modernas -- atualmente este indicador é de 94% -, não pretende envolver-se numa "nova guerra armamentista" como aconteceu com a União Soviética.

No final do passado mês de julho, a Rússia realizou manobras nucleares táticas conjuntas com a Bielorrússia utilizando mísseis balísticos Iskander-M.

Recentemente, Putin anunciou a modificação da atual doutrina nuclear depois de o Ocidente ter ponderado permitir que a Ucrânia utilize armas de longo alcance contra alvos em território russo.

A nova doutrina contempla a utilização de armas nucleares no caso de um ataque convencional que ameace a soberania da Rússia e da Bielorrússia.

As negociações entre a Rússia e os EUA para um novo tratado internacional de desarmamento nuclear estão atualmente paradas, sabendo-se que o atual acordo START expira em 2026 e é o último tratado estratégico de desarmamento entre as duas superpotências.

Leia Também: UE e NATO alertam para "ameaça séria" do apoio norte-coreano a Moscovo

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas