ONU quer investigação independente sobre um ataque israelita no Líbano
A ONU pediu hoje uma investigação "rápida, independente e completa" ao ataque israelita que fez 22 mortos na segunda-feira no norte do Líbano, disse um porta-voz do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos.
© KAWNAT HAJU/AFP via Getty Images
Mundo Médio Oriente
O ataque na aldeia cristã de Aïto fez 22 mortos, incluindo 12 mulheres e duas crianças, durante o bombardeamento de um edifício residencial de quatro andares, disse Jeremy Laurence, durante a conferência de imprensa regular da ONU em Genebra.
As autoridades libanesas reportaram 21 mortes na segunda-feira.
"Tendo em conta estes fatores, temos preocupações reais sobre o direito internacional humanitário, ou seja, as leis da guerra e os princípios da distinção e da proporcionalidade", sublinhou Laurence.
Esta é a primeira vez que esta aldeia é alvo dos recentes bombardeamentos israelitas, a maioria dirigidos contra as regiões onde o grupo xiita libanês Hezbollah está mais estabelecido, no sul e leste do Líbano, assim como nos subúrbios a sul de Beirute.
Segundo um fotógrafo da agência de notícias AFP, o edifício visado, localizado à entrada da aldeia, foi destruído.
Após meses de confrontos fronteiriços entre Israel e o Hezbollah, um aliado do grupo islamita palestiniano Hamas, o exército israelita intensificou os seus ataques aéreos ao Líbano em 23 de setembro e lançou operações terrestres no país no dia 30 do mesmo mês.
Mais de 2.000 pessoas já foram mortas no Líbano desde o escalar da violência entre Israel e o Hezbollah e mais 1,2 milhões de pessoas foram deslocadas devido ao conflito.
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