Moscovo destina montante recorde para defesa em 2025

Moscovo pretende destinar quase um terço (32,5%) dos seus gastos com a defesa no próximo ano, o que representa um aumento recorde acima dos 28,3% anunciados este ano, enquanto a guerra com a Ucrânia continua.

O jornal de investigação russo Novaya Gazeta, um dos símbolos da imprensa independente na Rússia, disse hoje que foi derramado um produto químico desconhecido na entrada da sua redação, em Moscovo, já anteriormente alvo de ataques.

© Getty Imagens

Lusa
30/09/2024 20:11 ‧ 30/09/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A estimativa de orçamento do governo russo hoje divulgado prevê um gasto de cerca de 13,5 biliões de rublos (129,8 mil milhões de euros, à taxa de câmbio atual) na defesa nacional, mais de 28,6 mil milhões de euros do que no ano anterior.

 

A guerra na Ucrânia é o maior conflito da Europa desde a II Guerra Mundial e esgotou os recursos de ambos os lados, com a Ucrânia a receber milhares de milhões de dólares em ajuda dos seus aliados ocidentais.

As forças da Rússia são maiores e mais bem equipadas do que as da Ucrânia e, nos últimos meses, o exército russo tem gradualmente empurrado as tropas ucranianas para trás nas zonas orientais.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitou os EUA na semana passada em busca de apoio financeiro e militar contínuo, à medida que a guerra se aproxima do marco de três anos, em fevereiro próximo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, também está a procurar formas de sustentar o seu esforço de guerra, uma vez que os gastos militares colocaram uma enorme pressão sobre a economia russa.

No início de setembro, o banco central russo aumentou a sua taxa de juro diretora em um ponto percentual, para 19%, para combater a inflação elevada e apresentou a perspetiva de mais aumentos das taxas para devolver a inflação dos atuais 9,1% para a meta do banco de 4% em 2025.

De acordo com a proposta de orçamento, as despesas com a defesa deverão diminuir em 2026.

O orçamento proposto ainda pode mudar à medida que passa por três leituras na Duma, a câmara baixa do parlamento da Rússia, e depois vai para o Conselho da Federação, a câmara alta, antes de o Presidente russo torná-la lei.

Enquanto isso, Putin assinou hoje uma ordem a convocar 133 mil para o alistamento militar de outono, que é um número rotineiro para campanhas de recrutamento sazonal.

Este mês, Putin tinha ordenado aos militares que aumentassem o número de soldados da Rússia em 180 mil, para um total de 1,5 milhões. O contingente militar total seria de cerca de 2,4 milhões.

Durante a noite, a Rússia disparou mísseis e 'drones' contra 11 regiões da Ucrânia, disse hoje Força Aérea ucraniana, na 33.ª noite consecutiva de ataques aéreos atrás da linha de frente.

Foi a primeira vez que os russos lançaram mais de 1.000 'drones' Shahed num mês e que 'drones' fabricados no Irão foram usados em todos os ataques aéreos em cada dia do mês.

Em Kyiv, várias explosões e disparos de metralhadoras puderam ser ouvidos durante a noite, enquanto as defesas aéreas da capital ucraniana combatiam um ataque de 'drones' durante cinco horas.

Leia Também: Rússia acusa Ocidente de maior envolvimento para tentar vitória de Kyiv

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