Lukashenko indulta 37 prisioneiros condenados por "extremismo"
Entre os prisioneiros amnistiados, cujas identidades não foram reveladas, encontram-se seis mulheres e pessoas com problemas de saúde.
© Contributor/Getty Images
Mundo Bielorrússia/Eleições
Num comunicado, a Presidência bielorrussa indicou que, entre os prisioneiros amnistiados, cujas identidades não foram reveladas, se encontram seis mulheres e pessoas com problemas de saúde.
Nos últimos dois meses, as autoridades bielorrussas emitiram vários perdões para pessoas na prisão por protestarem contra o Governo: no início de setembro, Lukashenko indultou 30 presos políticos, depois de ter amnistiado outros 30, em meados de agosto.
Em todos os casos, a Presidência afirmou que os presos se tinham arrependido e apresentado um pedido de perdão da pena.
Segundo a organização não-governamental (ONG) de defesa dos direitos humanos Viasna, mais 20 pessoas tinham sido libertadas em julho, depois de terem cumprido as respetivas penas, e outras 18 foram "amnistiadas ou trocadas".
O aliado de Moscovo, que está sob sanções ocidentais devido à repressão política interna e ao apoio dado à invasão russa da Ucrânia, tem ainda mais de 1.300 presos políticos, de acordo com a Viasna.
No poder há 30 anos, Lukashenko governa sem quem lhe faça frente e esmagou em várias ocasiões movimentos de contestação, tendo em fevereiro anunciado a intenção de se candidatar a mais um mandato no próximo ano.
Em agosto de 2020, depois de a sua reeleição ter sido considerada fraudulenta pela oposição, dezenas de milhares de pessoas manifestaram-se durante semanas para exigir a sua demissão, no maior movimento de protesto desde a independência da Bielorrússia, em 1991.
Milhares de pessoas foram em seguida detidas, outras torturadas, e ativistas e jornalistas foram condenados a longas penas de prisão. Centenas de milhares de cidadãos bielorrussos fugiram à repressão, em especial para a vizinha Polónia.
A líder da oposição bielorrussa no exílio, Svetlana Tikhanovskaya, expressa regularmente preocupação com o estado de saúde de determinados presos políticos que enfrentam duras condições de encarceramento e, em alguns casos, estão em isolamento.
É esse, por exemplo, o caso de Maria Kolesnikova, figura de proa do movimento de contestação de 2020, que, segundo o seu círculo próximo, perdeu muito peso na prisão e está há mais de um ano e meio privada de qualquer contacto com o mundo exterior.
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