Os exercícios tiveram lugar na base militar de Jiupeng, numa zona remota do sul de Taiwan. Entre os mísseis lançados encontravam-se mísseis antibalísticos Sky Bow III, de fabrico doméstico, e os mísseis Patriot PAC II e Standard terra-ar, de fabrico norte-americano.
A China reivindica a ilha de Taiwan como território seu, a ser controlado pela força, se necessário, e aumentou a ameaça militar nos últimos anos.
Pequim não gosta particularmente do novo líder de Taiwan, William Lai, que tomou posse no início deste ano e o governo chinês apelidou de separatista.
Em resposta, Taipé reforçou as suas capacidades de dissuasão. Os mísseis, tanto de fabrico nacional como de fabrico norte-americano, são fundamentais para a sua estratégia de defesa.
O porta-voz do Ministério da Defesa, Sun Li-fang, afirmou que todos os mísseis lançados hoje atingiram os seus objetivos.
"Isto mostra que o nosso treino é muito rigoroso e sólido", afirmou.
Pequim não reagiu de imediato ao exercício de Taiwan. A China envia frequentemente jatos e navios militares para perto de Taiwan, o que os críticos consideram uma tática de intimidação.
O Ministério da Defesa de Taiwan disse hoje que avistou cinco jatos militares chineses e 11 navios perto do seu território nas últimas 24 horas. Um avião atravessou a linha mediana do Estreito de Taiwan, uma zona de demarcação não oficial entre as duas partes.
Embora o seu exército seja inferior ao da China, Taiwan comprou armamento de alta tecnologia aos Estados Unidos, revitalizou a sua indústria de armamento nacional e alargou a duração do serviço militar obrigatório, de quatro meses para um ano.
Os EUA são obrigados pelas suas próprias leis a fornecer a Taiwan os meios para se defender e consideram todas as ameaças à ilha como uma questão de grande preocupação, apesar de não manterem relações oficiais com o território.
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