Chefe da ONU para o Líbano "preocupada" com ataque israelita

A coordenadora especial das Nações Unidas para o Líbano, Jeanine Hennis-Plasschaert, manifestou-se na terça-feira "profundamente preocupada" com o ataque israelita a "uma área densamente povoada" nos subúrbios a sul de Beirute, um bastião do Hezbollah libanês.

ONU, bandeira

© Reuters

Lusa
31/07/2024 06:22 ‧ 31/07/2024 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A neerlandesa frisou "mais uma vez que não existe uma solução militar", apelando quer a Israel, quer ao Líbano, para utilizar "todas as vias diplomáticas para procurar um regresso à cessação das hostilidades".

 

"A coordenadora especial está em contacto próximo com os principais interlocutores e apela à calma", pode ler-se ainda, num comunicado.

Israel reivindicou na terça-feira a morte, no ataque que realizou em Beirute, de Fouad Chokr, "líder militar de mais alta patente" do Hezbollah e conselheiro próximo do líder do grupo xiita libanês, Hasan Nasrallah.

"Numa operação de assassinato seletivo, caças atacaram Beirute, matando Fouad Chokr "Sayyid Muhsan", o comandante militar de mais alta patente da organização terrorista Hezbollah e responsável pela formação estratégica da organização", confirmou o Exército israelita, em comunicado.

As autoridades israelitas responsabilizam Fouad Chokr pela morte de doze crianças, no sábado, num ataque com 'rockets', atribuído ao Hezbollah, na cidade drusa de Majdal Shams, nos Montes Golas ocupados por Israel, bem como pelo "assassinato de muitos cidadãos israelitas e estrangeiros ao longo dos anos".

O Exército israelita tinha divulgado antes ter bombardeado Beirute numa operação dirigida contra o "comandante responsável pelo assassinato de crianças em Majdal Shams".

Fonte do Hezbollah, por sua vez, tinha adiantado à agência France-Presse (AFP) que Fouad Chokr tinha sobrevivido ao ataque.

O Ministério da Saúde libanês anunciou que três civis, uma mulher e duas crianças, foram mortos no ataque israelita nos subúrbios a sul de Beirute.

A comunidade internacional, especialmente os Estados Unidos, está a mediar para que a resposta israelita seja contida e não conduza a uma guerra aberta na fronteira entre Israel e o Líbano, que vive o seu pico de tensão mais elevado desde 2006, quando o Exército israelita e o Hezbollah já travou uma guerra.

Na terça-feira de manhã Israel já tinha atacado 10 alvos do Hezbollah em várias regiões do Líbano, matando outro combatente do grupo; enquanto a milícia xiita lançou várias rajadas de 'rockets' em direção ao norte, matando um civil israelita.

A fronteira entre Israel e o Líbano tem vivido desde outubro uma intensa troca de tiros, que custou a vida a mais de 560 pessoas, a maioria do lado libanês e nas fileiras do Hezbollah, que confirmou cerca de 355 vítimas, algumas na Síria, além de cem civis.

Em Israel, morreram 46 pessoas no norte: 22 militares (cinco em acidentes operacionais) e 25 civis, incluindo 12 crianças e adolescentes no ataque de Majdal Shams e outro hoje.

Leia Também: Hamas anuncia morte do líder em Teerão

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