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Pastor e ex-conselheiro de Trump renuncia após admitir abuso de menor

As alegações vieram a lume, na sexta-feira. Cindy Clemishire, a mulher que acusou Morris, revelou que os abusos começaram na década de 1980, quando tinha 12 anos.

Pastor e ex-conselheiro de Trump renuncia após admitir abuso de menor
Notícias ao Minuto

10:08 - 19/06/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Robert Morris

O pastor evangélico e ex-conselheiro espiritual de Donald Trump, Robert Morris, de 62 anos, renunciou à sua função da "mega-igreja" Gateway, fundada por ele e com sede na cidade de Dallas, no Texas, Estados Unidos.

A renuncia aconteceu após Morris admitir ter tido um "comportamento sexual inadequado" na sequência de uma acusação de abuso sexual de uma menina de 12 anos na década de 1980. O abuso terá durado mais de quatro anos.

O conselho de irmãos da Gateway Church revelou, numa declaração na terça-feira, a que a Associated Press teve acesso, que tinha aceite a demissão de Robert Morris, e que tinha contratado uma equipa de advogados para realizar uma revisão independente para garantir que "tenham uma compreensão completa dos eventos" de 1982 a 1987.

As alegações vieram a lume, na sexta-feira, no blogue religioso The Wartburg Watch. Cindy Clemishire, a mulher que acusou Morris, afirmou ao The Dallas Morning News, numa entrevista, no sábado que conheceu o pastor em 1981, quando era um pregador itinerante e começou a pregar na igreja da sua família em Oklahoma. Nessa altura, Morris, a sua esposa e p seu filho pequeno tornaram-se próximos da sua família.

Os abusos começaram em 1982, quando o pastor estava na casa da sua família e lhe  pediu para ir ao seu quarto. Segundo alega a mulher, atualmente com 54 anos, Morris disse-lhe para se deitar na sua cama e começou a tocar-lhe de forma inadequada. Os abusos continuaram durante os quatro anos e meio seguintes. 

Quando questionado sobre as alegações pelo site de notícias religiosas The Christian Post, Morris disse que, quando tinha 20 e poucos anos, esteve "envolvido num comportamento sexual inapropriado com uma jovem numa casa onde estava hospedado".

"Tratava-se de beijos e carícias e não de relações sexuais, mas era errado", afirmou na declaração. "Este comportamento ocorreu em várias ocasiões ao longo dos anos seguintes", acrescentou ainda.

A conselho de irmãos da Gateway Church afirmou que, antes de sexta-feira, "não tinha conhecimento de todos os factos relacionados com a relação imprópria entre Morris e a vítima, incluindo a sua idade na altura e a duração do abuso". Eles disseram que seu entendimento do "relacionamento extraconjugal" que Morris havia discutido muitas vezes ao longo de seu ministério não era que fosse "abuso de uma criança de 12 anos".

Inicialmente, o conselho de irmãos da Gateway Church tinha dito ao canal de notícias local de Dallas, WFAA, que o "assunto" tinha sido resolvido. No entanto, a igreja mudou o seu posicionamento quando os seus líderes descobriram que se tratava do abuso de uma criança de 12 anos. "Não tínhamos conhecimento de todos os factos relacionados com a relação imprópria entre Morris e a vítima, incluindo a sua idade na altura e a duração do abuso", salientou.

A igreja, com sede no subúrbio de Southlake, em Dallas, foi fundada por Morris em 2000 e tem vários locais na zona, com mais de 100 mil fieis assíduos a cada fim de semana. Morris, o pastor fundador, tem sido politicamente ativo e esteve entre os membros do conselho consultivo evangélico do ex-presidente Donald Trump.

A igreja chegou a receber Trump no seu campus de Dallas em 2020 para uma discussão sobre relações raciais e economia.

Leia Também: Trump visita Capitólio pela primeira vez desde ataque de janeiro de 2021

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