A guerra entre a mulher de Pedro Sánchez, Begoña Gómez, e o juiz Juan Carlos Peinado, que a está a investigar por corrupção empresarial e tráfico de influências, está a intensificar-se.
Segundo a imprensa espanhola, a defesa da mulher do presidente acusa agora diretamente o juiz de violar várias normas nacionais e internacionais, incluindo a própria constituição espanhola, por não esclarecer exatamente de que é que acusa a arguida.
Tal acontece após o Ministério Público Europeu ter exigido a parte central do processo: os contratos milionários da administração central com o empresário Juan Carlos Barrabés, recomendado por Gómez.
As denúncias das alegadas irregularidades por parte do investigador constam de uma missiva apresentada esta terça-feira ao último despacho de Peinado, no qual este confirmou que Gómez continua a ser acusada neste processo.
O juiz argumentou que, após a inibição a favor da justiça europeia, existem ainda "dois outros blocos" em investigação, depois de ter recebido "novos documentos". No entanto, em nenhum momento da resolução o investigador deu uma única pista sobre o que são essas duas novas linhas.
Recorde-se que na denúncia contra Begoña Gómez, apresentada por uma associação conotada com a extrema-direita, estavam em causa ligações da mulher de Pedro Sánchez a empresas privadas que receberam apoios públicos durante a crise da pandemia de Covid-19 ou assinaram contratos com o Estado quando o marido era já primeiro-ministro.
Leia Também: Sánchez diz que soberania é inegociável e pede "mensagem clara" para a Rússia