O presidente da comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, "tomou conhecimento, com consternação, da multiplicação dos massacres de civis inocentes pelas Forças Democráticas Aliadas (ADF) nos territórios de Beni e Lubero, na província de Kivu do Norte, na República Democrática do Congo (RDCongo)", segundo um comunicado.
"O presidente da comissão condena veementemente estes ataques, que já custaram a vida a 150 pessoas desde o início de junho", referiu o comunicado.
Mahamat "encoraja as autoridades congolesas, em colaboração com os países da região, a intensificar os seus esforços para travar a expansão da ameaça terrorista na região dos Grandes Lagos".
Segundo Mahamat, há um "empenhamento contínuo da União Africana para com os países da região dos Grandes Lagos na sua luta contra o terrorismo".
Desde o início do mês, pelo menos 150 pessoas foram mortas em ataques atribuídos às ADF, que têm origem no vizinho Uganda.
O grupo tem estado ativo no leste da RDCongo há décadas e prometeu fidelidade ao Estado Islâmico, que o descreve como o seu ramo na África Central.
Desde o final de 2021, os exércitos congolês e ugandês têm feito operações conjuntas contra as ADF no Kivu do Norte e na província vizinha de Ituri, sem conseguir, até à data, pôr termo aos ataques sangrentos contra civis.
Há décadas que o leste da RDCongo, país que faz fronteira com Angola, é vítima da violência dos grupos armados.
Leia Também: Número de mortos em ataque no leste da RDCongo sobe para 42