A África do Sul e outros países africanos, assim como a União Africana (UA), foram convidados para a reunião do G7 (formado pelos Estados Unidos, França, Alemanha, Canadá, Japão, Itália e Reino Unido), que decorrerá de quinta a sábado em de Fasano, no sul de Itália.
Segundo a radiotelevisão pública sul-africana SABC, a África do Sul também não enviará uma delegação de alto nível à conferência de paz ucraniana que a Suíça acolherá no próximo fim de semana.
Nas eleições gerais de 29 de maio, o Congresso Nacional Africano (ANC, em inglês), no poder, perdeu a maioria absoluta pela primeira vez desde que chegou ao poder em 1994, quando Nelson Mandela se tornou o primeiro Presidente negro da África do Sul ao vencer as primeiras eleições multirraciais naquele ano.
Ramaphosa, de 71 anos, anunciou na quinta-feira passada que o ANC convidará outros partidos a formar um Governo de unidade nacional.
O partido do governo venceu o sufrágio com cerca de 40,20% dos votos e conquistou 159 assentos dos 400 na Assembleia Nacional (Câmara Baixa do Parlamento).
Os resultados foram muito inferiores aos obtidos nas eleições anteriores de 2019 e o ANC perdeu agora a maioria absoluta pela primeira vez desde o fim do regime segregacionista de "apartheid" e o estabelecimento da democracia na África do Sul em 1994.
Ramaphosa terá de negociar para continuar à frente do Executivo sul-africano, para um segundo e último mandato de cinco anos.
O ANC vive um dos momentos mais complicados desde a sua formação, marcado por escândalos de corrupção e desgastado pelos problemas que afetam o país, como o elevado desemprego, a elevada criminalidade ou os cortes de energia.
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