Partido de Zuma quer impedir 1.ª sessão do novo parlamento sul-africano

O novo partido do ex-presidente sul-africano Jacob Zuma anunciou hoje que vai contestar judicialmente a realização da primeira sessão do Parlamento eleito nas eleições de 29 de maio e que os seus deputados vão boicotar a sessão.

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Lusa
10/06/2024 17:28 ‧ 10/06/2024 por Lusa

Mundo

Jacob Zuma

"O partido MK irá apresentar documentos ao Tribunal Constitucional para proibir a tomada de posse dos candidatos nomeados como deputados à Assembleia Nacional (Câmara Baixa) até que as nossas reclamações, que se baseiam em alegações de fraude e manipulação eleitoral, sejam devidamente tratadas pelos tribunais", afirmou o partido de Zuma em comunicado.

A ausência dos membros do MK "impedirá que se atinja a composição de 350 membros necessária para constituir legalmente a Assembleia Nacional", acrescentou a força política do ex-chefe de Estado, reiterando o pedido de repetição das eleições no país.

Numa declaração de resposta, o Parlamento adiantou que tomou nota "da carta do partido MK, informando a instituição da sua intenção de contestar a validade dos resultados eleitorais declarados pela Comissão Eleitoral Independente (IEC)" em 02 junho.

O órgão legislativo informou ainda que cancelou as reservas de viagens e alojamento dos 58 deputados do partido de Zuma para assistirem à sessão parlamentar na Cidade do Cabo, considerada "inconstitucional" pelo partido da oposição.

No final de maio, a África do Sul realizou as eleições mais disputadas desde o advento da democracia.

O Congresso Nacional Africano (ANC), no poder desde o fim do apartheid, obteve apenas 40% dos votos, ficando abaixo da marca dos 50% pela primeira vez numa eleição nacional.

Sem maioria absoluta, o Presidente Cyril Ramaphosa, de 71 anos, apelou à formação de um Governo de unidade nacional, reunindo o ANC e grande parte da oposição, da extrema-direita à extrema-esquerda.

O ANC tem agora apenas 159 lugares no Parlamento, em comparação com os 230 no parlamento cessante.

O principal partido da oposição, Aliança Democrática, obteve 87 lugares com base num programa liberal, enquanto o partido do antigo presidente Jacob Zuma tornou-se a terceira maior força do país, com 58 lugares.

Leia Também: Partido de Jacob Zuma anuncia que vai contestar resultados eleitorais

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