Partido de Jacob Zuma anuncia que vai contestar resultados eleitorais

O partido umKhonto weSizwe (MKP) do ex-Presidente Jacob Zuma vai contestar os resultados das eleições de quarta-feira alegando irregularidades no processo eleitoral, anunciou na noite de hoje o responsável eleitoral do partido.

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Lusa
01/06/2024 00:03 ‧ 01/06/2024 por Lusa

Mundo

África do Sul

Em declarações aos jornalistas no centro de resultados eleitorais da Comissão Eleitoral Independente (IEC), em Joanesburgo, Muzi Ntshingila declarou que "o partido vai contestar o processo, que foi irregular".

"Nós não reconhecemos os resultados", afirmou.

O responsável do partido MKP, dissidente do ANC Governante, anunciou a decisão pouco depois das 00:15 locais (11:15 em Lisboa), quando estavam declarados 91.62% dos círculos eleitorais, com um total de 14 014 075 votos validados.

Segundo os resultados parciais divulgados pela comissão eleitoral sul-africana, o MKP é neste momento a terceira força política mais votada nas eleições de quarta-feira com 13,81% dos votos auditados, depois do Aliança Democrática (DA), com 21,64%, e do ANC Governante, com 40,98%, que está à beira de perder a maioria absoluta.

Em declarações à Lusa, Muzi Ntshingila explicou depois que a decisão do MK é a de contestar "todo o processo [eleitoral] incluindo os resultados".

"Não reconhecemos os resultados porque o processo foi irregular, houve infrações e várias transgressões no processo, e por isso os resultados não serão um reflexo verdadeiro do que teria sido o resultado real do voto dos sul-africanos", salientou sem avançar detalhes.

"O resultado real do processo deve ser uma projeção dos interesses, circunstâncias e demandas dos sul-africanos, pessoas que saíram para votar num governo da sua escolha que agora está a ser manipulado", adiantou Muzi Ntshingila.

Questionada pela Lusa, fonte da Comissão Eleitoral Independente (IEC) sul-africana indicou que fará uma "determinação" após receber a objeção formal da parte do novo partido de Jacob Zuma.

"O partido ainda não emitiu uma declaração formal, mas há um processo a seguir, não comentamos se as pessoas acham que é irregular ou não, há um processo (...) para apresentarem objeções e esse é o processo que precisam de seguir, e a Comissão tomará uma decisão com base nas evidências apresentadas e na substância das acusações ou alegações, e fará uma determinação a partir daí", declarou à Lusa a vice-CEO da Comissão Eleitoral sul-africana, Akhtari Henning.

Leia Também: Ex-PR sul-africano Zuma critica TC por o impedir de concorrer às eleições

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