O Ministério dos Negócios Estrangeiros lituano afirmou, em comunicado, que entregou uma nota de protesto ao diplomata bielorrusso, expressando o seu "forte protesto contra a entrada ilegal de um veículo aéreo não tripulado da República da Bielorrússia no espaço aéreo da República da Lituânia, em 28 de julho [segunda-feira passada]".
A Força Aérea lituana confirmou hoje que o drone tinha sido localizado no campo de treino militar de Gaiziunai, no distrito de Jonava, dentro do território lituano.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do país báltico exigiu "uma explicação imediata e detalhada" do governo de Alexander Lukashenko sobre o incidente e que sejam evitadas futuras violações.
O incidente ocorreu pouco mais de duas semanas depois de outro drone, que se determinou ser uma réplica destinada a confundir as defesas aéreas ucranianas, ter caído na Lituânia, perto da fronteira com a Bielorrússia, depois de aparentemente ter entrado a partir da Ucrânia.
Um aparelho aéreo, alegadamente de fabrico russo, entrou na Lituânia na manhã de segunda-feira, antes de desaparecer, sendo que alguns moradores viram-no sobrevoar bairros da capital do país, Vilnius.
"É provavelmente o mesmo drone que entrou em território lituano na segunda-feira. De acordo com os relatos iniciais, trata-se de um drone 'Gerbera', mas os pormenores serão esclarecidos mais tarde", afirmou o exército, em comunicado.
Os drones russos 'Gerbera' são utilizados por Moscovo como "isco" durante os ataques contra a Ucrânia, sobretudo para distrair as defesas aéreas.
As Forças Armadas lituanas encontraram o drone num campo de treino militar em Gaiziunai, perto da cidade de Rukla, que alberga o batalhão internacional da NATO.
O local de aterragem do drone "leva-me a considerar isto como uma provocação", admitiu o líder interino do Partido Social-Democrata Lituano (LSDP) - que está no poder -, Mindaugas Sinkevicius, numa conferência de imprensa hoje realizada.
As autoridades lituanas, criticadas pela demora na resposta, adiantaram que estavam a seguir o objeto no espaço aéreo bielorrusso antes de o perderem de vista.
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