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EUA barram entrada a venezuelanos acusados de violar direitos humanos

Os Estados Unidos proibiram a entrada no país de alguns responsáveis governamentais da Venezuela acusados de envolvimento em violações de direitos humanos, indicou hoje um diplomata norte-americano, enquanto aumenta a tensão entre os dois países.

EUA barram entrada a venezuelanos acusados de violar direitos humanos
Notícias ao Minuto

17:27 - 30/07/14 por Lusa

Mundo Governante

A Venezuela foi palco de quatro meses de protestos contra o Governo no início deste ano, nos quais 43 pessoas morreram, enquanto as forças de segurança venezuelanas tentavam controlar a agitação popular.

"As forças de segurança governamentais reagiram a estes protestos muitas vezes com detenções arbitrárias e uso excessivo da força", disse a porta-voz adjunta do Departamento de Estado, Marie Harf.

Também se registaram "repetidos esforços para reprimir a expressão legítima da oposição ao Governo através de intimidação judicial, para limitar a liberdade de imprensa e para silenciar membros da oposição política".

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, decidiu, por isso, "impor restrições às viagens para os Estados Unidos de vários responsáveis do Governo venezuelano que foram responsáveis por ou cúmplices desses abusos dos direitos humanos", disse Harf em comunicado.

Apesar de a porta-voz se ter recusado a identificar publicamente os alvos desta medida, outro responsável do Departamento de Estado norte-americano revelou que a proibição de entrada no país inclui "elementos dos mais variados níveis do Governo, desde ministros e conselheiros presidenciais a responsáveis judiciais, militares e das forças de segurança".

Esta decisão é anunciada apenas alguns dias depois de Washington se ter insurgido contra a libertação em Aruba de um antigo dirigente dos serviços secretos venezuelanos procurado nos Estados Unidos por acusações de tráfico de droga.

As autoridades da ilha holandesa detiveram o major-general na reserva Hugo Carvajal na semana passada, mas libertaram-no alguns dias depois, alegadamente por pressão de Caracas.

Harf afirmou que as proibições de visto "se destinam a pessoas responsáveis por violações dos direitos humanos e não à nação venezuelana ou ao seu povo".

"A nossa mensagem é clara: aqueles que cometem tais abusos não serão bem-vindos nos Estados Unidos", acrescentou.

"Com esta medida, sublinhamos o nosso empenho em responsabilizar pessoas que cometam violações dos direitos humanos", frisou.

Washington há muito tempo que tenta melhorar as relações com Caracas, que azedaram depois de o falecido Presidente Hugo Chávez ter subido ao poder naquela nação sul-americana.

Houve inicialmente esperança de um novo começo no relacionamento entre os dois países após a morte de Chávez, em março do ano passado, mas o sucessor que este escolheu, o atual Presidente, Nicolás Maduro, acusou repetidas vezes os Estados Unidos de conspirarem para o depor e matar.

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