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Kyiv reivindica abate de drones e Moscovo diz ter intercetado mísseis

A Ucrânia reivindicou hoje o abate de 'drones' russos em diversos pontos do país, enquanto Moscovo disse ter intercetado mísseis táticos de longo alcance de fabrico norte-americano que se dirigiam para a anexada península da Crimeia.

Kyiv reivindica abate de drones e Moscovo diz ter intercetado mísseis
Notícias ao Minuto

11:01 - 04/05/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

As forças de defesa aérea ucranianas abateram 13 drones Shahed lançados pela Rússia durante a noite, indicou hoje o comandante da Força Aérea da Ucrânia, tenente-general Mikola Oleshchuk.

"O inimigo atacou com 13 aeronaves não tripuladas de ataque Shahed-131/136 e 4 mísseis antiaéreos guiados S-300. Todos os lançamentos foram realizados a partir da região de Belgorod, na Federação Russa", precisou o oficial ucraniano em mensagem no Telegram.

Como resultado das operações de combate, as unidades de mísseis antiaéreos da Força Aérea e os grupos de tiro móveis das Forças de Defesa da Ucrânia destruíram 13 'drones' de ataque nas regiões de Kharkiv e Dnipropetrovsk, acrescentou.

O chefe da administração militar regional de Kharkiv, Oleg Sinegubov, precisou, em mensagem no Telegram, que quatro pessoas ficaram feridas no ataque.

"Como resultado do impactos dos destroços [dos 'drones'] houve incêndios num edifício de escritórios e armazéns de dois andares, além de uma oficina de reparação de pneus. Quatro pessoas ficaram feridas", disse.

Por sua vez, o chefe da administração militar regional de Dnipropetrovsk, Sergei Lisak, informou que as forças de defesa antiaérea conseguiram derrubar durante a noite cinco 'drones' Shahed sobre o distrito de Pavlograd, embora uma infraestrutura crítica e três casas tenham sido danificadas, uma das quais incendiada.

"Um homem e uma mulher ficaram feridos. Ambos estão hospitalizados em estado de gravidade média", informou no Telegram.

Durante a tarde e noite de sexta-feira, os russos atacaram cinco vezes o distrito de Nikopol com artilharia pesada, lançadores de foguetes múltiplos Grad e um 'drone' kamikaze, sem registo de feridos, mas com danos em diversos edifícios, numa linha elétrica e em infraestruturas críticas, acrescentou Lisak.

Também hoje, a Rússia reivindicou que as suas defesas antiaéreas derrubaram na última noite quatro mísseis de longo alcance ATACMS sobre a península anexada da Crimeia.

A informação foi avançada pelo Ministério da Defesa russo, que não informou de vítimas nem de danos em resultado do ataque.

Esta foi a segunda vez nesta semana que a Rússia informou ter abatido mísseis ATACMS.

Em março, o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enviou secretamente para a Ucrânia os mísseis ATACMS de longo alcance (300 quilómetros), que Kiev reclamava há meses e que Washington tinha resistido a entregar, segundo confirmou a Casa Branca.

Em nota hoje divulgada sobre o conflito na Ucrânia, o Ministério da Defesa britânico sugere que a Rússia acabou de adaptar a sua estratégia para o conflito na Ucrânia a uma guerra de desgaste, após estimar que o número de baixas russas voltou a subir nas últimas semanas.

O Ministério da Defesa britânico estima que a média de baixas entre as forças russas, contando mortos e feridos, em abril foi de 899 efetivos por dia, subindo após uma "ligeira descida do ritmo das operações de Moscovo" após a sua conquista da estratégica localidade de Avdiivka em fevereiro deste ano.

De acordo com Londres, o total de baixas russas desde o início do conflito ascende já a cerca de 465.000.

Consequentemente, "é provável que, apesar do extremo custo de vida, a Rússia tenha já totalmente adaptado o seu exército a uma guerra de desgaste que se baseia em massa humana, em vez de qualidade"; uma estratégia que "procederá quase com toda a certeza ao longo da guerra e que terá efeitos a longo prazo no futuro Exército da Russia".

Leia Também: Forças de Kyiv sob pressão máxima no leste do país

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