O Ministério da Justiça russo publicou no respetivo portal uma lista atualizada das "organizações indesejáveis", depois de a Procuradoria-Geral russa ter incluído os RSF, instituição fundada em 1985 e com sede em França, bem como a organização não-governamental (ONG) norte-americana Grupo 36.
Na Rússia, declarar uma organização "indesejável" significa, na prática, proibir as suas atividades, uma vez que expõe as pessoas que nela trabalham ou que a financiam a processos judiciais e a eventuais penas de prisão.
Desde a ofensiva em grande escala contra a Ucrânia, em fevereiro de 2022, as autoridades russas intensificaram fortemente a repressão contra vozes dissidentes, prendendo centenas de pessoas e proibindo dezenas de ONG e meios de comunicação social.
Os RSF denunciam regularmente estas violações da liberdade de expressão e presta apoio a jornalistas perseguidos na Rússia.
Na sua página na Internet, a organização lamenta que "a quase totalidade dos meios de comunicação social independentes tenha sido proibida na Rússia, bloqueada e/ou declarada agente estrangeiro ou organização indesejável".
A legislação sobre organizações indesejáveis foi aprovada em 2015 e tem como objetivo regular organizações não-governamentais e outras entidades que recebem financiamento de fontes estrangeiras.
Nesta lista constam também a Amnistia Internacional, a Greenpeace e a Freedom House, entre outras.
Leia Também: Tribunal russo recusa condenar Akunin por violar lei de agentes estrangeiros