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Não houve "alterações significativas" na entrega de ajuda a Gaza

A Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) indicou hoje que "não houve alterações significativas" na quantidade de ajuda humanitária que entra na Faixa de Gaza ou no acesso ao norte do enclave palestiniano.

Não houve "alterações significativas" na entrega de ajuda a Gaza
Notícias ao Minuto

19:45 - 16/04/24 por Lusa

Mundo Israel/Palestina

"Desde o início de abril, uma média de 181 camiões carregados com ajuda entraram em Gaza através dos postos de passagem de Kerem Shalom e de Rafah. Este número continua a ser muito inferior à capacidade operacional de ambas as passagens fronteiriças e ao objetivo de 500 camiões por dia", declarou a agência especializada da ONU num comunicado.

O Coordenador das Atividades do Governo nos Territórios (COGAT), a autoridade militar israelita responsável pelos territórios palestinianos, afirmou que até 126 camiões com ajuda humanitária passaram hoje para o norte da Faixa de Gaza.

"Dos 5.000 camiões de ajuda que entraram em Gaza no último mês, mais de 99,5% foram autorizados. É este o papel de Israel nas operações: inspecionamos a ajuda para nos certificarmos de que não contém objetos que possam ser utilizados pelo [movimento islamita palestiniano] Hamas para o terrorismo", declarou, noutra mensagem.

A 07 de outubro do ano passado, combatentes do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) -- desde 2007 no poder na Faixa de Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel -- realizaram em território israelita um ataque de proporções sem precedentes desde a criação do Estado de Israel, em 1948, fazendo 1.163 mortos, na maioria civis, e 250 reféns, cerca de 130 dos quais permanecem em cativeiro e 34 terão entretanto morrido, segundo o mais recente balanço das autoridades israelitas.

Em retaliação, Israel declarou uma guerra para "erradicar" o Hamas, que hoje entrou no 193.º dia, continuando a ameaçar alastrar a toda a região do Médio Oriente, e fez até agora na Faixa de Gaza mais de 33.800 mortos, mais de 76.200 feridos e milhares de desaparecidos presumivelmente soterrados nos escombros, na maioria civis, de acordo com o último balanço das autoridades locais.

O conflito fez também quase dois milhões de deslocados, mergulhando o enclave palestiniano sobrepovoado e pobre numa grave crise humanitária, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

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