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Rússia. Lista de opositores procurados aumenta com ativista e jornalista

As autoridades russas colocaram mais dois críticos do regime numa lista de procurados, no âmbito da política de repressão a opositores que atingiu níveis sem precedentes desde que Moscovo invadiu a Ucrânia, em fevereiro de 2022, foi hoje divulgado.

Rússia. Lista de opositores procurados aumenta com ativista e jornalista
Notícias ao Minuto

15:43 - 10/04/24 por Lusa

Mundo Rússia

Os dois novos nomes registados na lista de pessoas procuradas por acusações criminais, elaborada pelo Ministério do Interior russo, são os da ativista dos direitos das mulheres Darya Serenko e do jornalista e escritor Mikhail Zygar.

A inclusão na lista destes opositores ao Kremlin (presidência russa) foi anunciada pelo órgão de comunicação social independente russo Mediazona, que refere que os dados não especificam nem as acusações em causa nem a altura em que os nomes foram acrescentados.

Tanto Serenko quanto Zygar deixaram a Rússia há muito tempo.

A repressão do Kremlin contra ativistas da oposição, jornalistas independentes e críticos do Governo intensificou-se desde o início da guerra na Ucrânia, sendo que centenas de pessoas enfrentam acusações criminais devido a protestos e comentários a condenar a invasão.

Milhares destes críticos foram já multados ou sumariamente presos.

Darya Serenko, uma ativista e autora de longa data, foi cofundadora do grupo Resistência Feminista Antiguerra, pouco depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia, e vive atualmente na Geórgia.

Tanto a ativista como o grupo que fundou foram classificados como "agentes estrangeiros", um rótulo que permite um maior escrutínio pelas autoridades.

Também Mikhail Zygar, que é autor de livros e diretor fundador do canal de televisão independente russo Dozhd, deixou a Rússia após a invasão da Ucrânia e foi declarado "agente estrangeiro".

Relatos não confirmados divulgados na imprensa russa no início deste ano apontam que Zygar pode enfrentar acusações de publicação nas redes sociais de alegadas informações falsas sobre o exército, nomeadamente sobre as atrocidades russas em Bucha, um subúrbio perto de Kiev que esteve ocupado durante várias semanas pelas forças de Moscovo.

A divulgação de informações falsas sobre o exército é um crime punível com até 15 anos de prisão, ao abrigo de uma lei adotada dias depois de Moscovo anunciar o que designou como uma "operação militar especial" na Ucrânia.

A lei tem sido amplamente utilizada contra aqueles que criticam publicamente a guerra ou o regime, incluindo os que já deixaram a Rússia. Muitos destes críticos foram julgados e condenados à revelia.

Leia Também: Rússia prolonga investigação sobre morte de Navalny na prisão

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