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Alemanha rejeita acusações da Nicarágua de que apoia genocídio em Gaza

A Alemanha voltou hoje a rejeitar "de forma clara e decidida" as acusações da Nicarágua, que exigiu perante o Tribunal Internacional de Justiça que Berlim pare o seu apoio político, económico e militar a Israel na guerra em Gaza.

Alemanha rejeita acusações da Nicarágua de que apoia genocídio em Gaza
Notícias ao Minuto

14:58 - 08/04/24 por Lusa

Mundo Israel

"Amanhã [terça-feira] vamos apresentar os nossos argumentos, por isso peço compreensão, mas rejeitamos as acusações da Nicarágua de forma clara e decidida", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão, Sebastian Fischer, na conferência de imprensa habitual do Governo alemão.

"A Alemanha não violou a Convenção sobre o Genocídio nem o Direito Humanitário Internacional e amanhã [terça-feira] explicaremos isso em pormenor no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ)", sublinhou.

A mais alta instância judicial das Nações Unidas vai realizar audiências hoje e terça-feira sobre a necessidade de emitir medidas provisórias contra a Alemanha no âmbito de um processo iniciado em março pela Nicarágua, que acusou Berlim de não ter tentado "impedir o genocídio" contra os palestinianos em Gaza, ao fornecer "apoio político, financeiro e militar" a Israel e ao retirar o financiamento à agência da ONU para os refugiados palestinianos (UNRWA, na sigla em inglês).

O processo é distinto do iniciado pela África do Sul em finais de dezembro para acusar Israel de violar a Convenção sobre o Genocídio (1948) com as suas operações na Faixa de Gaza, em curso desde há seis meses.

O TIJ emitiu medidas provisórias em janeiro para exigir que Israel tome medidas "imediatas e efetivas" para evitar a prática de genocídio contra os palestinianos em Gaza.

Em 07 de outubro de 2023, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) conduziu um ataque sem precedentes em solo israelita, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns, segundo Telavive.

Em represália, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que já provocou mais de 33 mil mortos, de acordo com o Hamas, que controla o enclave palestiniano desde 2007.

A retaliação israelita está a provocar uma grave crise humanitária em Gaza, com mais de 1,1 milhões de pessoas numa "situação de fome catastrófica" que já está a fazer vítimas - "o número mais elevado alguma vez registado" pela ONU em estudos sobre segurança alimentar no mundo.

Também desde 07 de outubro, mais de 450 palestinianos foram mortos pelas forças de segurança de Telavive e pelos ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.

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