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Prosseguem buscas em Haut-Vernet para descobrir o que aconteceu a Émile

Roupas do menino de dois anos e meio, que desapareceu em julho do ano passado, foram encontradas ontem a cerca de 150 metros da zona onde foram encontrados o crânio e os dentes. 

Notícias ao Minuto

10:34 - 03/04/24 por Notícias ao Minuto

Mundo Émile

As investigações para descobrir o que aconteceu a Émile prosseguem, esta quarta-feira, na área onde os ossos do menino de dois anos foram descobertos no fim de semana.

Cerca de uma centena de militares estão hoje novamente mobilizados em torno de Haut-Vernet para continuar as buscas por pistas, com um dispositivo semelhante ao implantado desde domingo, avançou a BFMTV.

O coronel Christophe Berthelin, comandante da secção de investigação de Marselha, indicou que a investigação continuará "enquanto for necessária" para apurar o que terá ocorrido com o menino. 

O procurador da República de Aix-en-Provence, Jean-Luc Blanchon, deu uma conferência de imprensa na terça-feira, na qual revelou que foi descoberto vestuário pertencente a Émile, "mas não de outros ossos", a cerca de 150 metros da zona onde foram encontrados o crânio e os dentes. 

As roupas encontradas são uma t-shirt, sapatos e cuecas, "que não estavam todas no mesmo sítio, mas espalhadas por alguns metros". As roupas foram levadas para serem analisadas, disse o responsável. 

Já os primeiros exames ao crânio de Émile mostram que este apresenta "pequenas fraturas e fissuras post mortem".

"Não foram observados traumatismos ante mortem. O crânio apresenta vestígios de mordeduras, provavelmente provocadas por um animal ou animais", continuou o procurador, explicando que, apesar das análises efetuadas após a descoberta das ossadas, ainda não é possível "dizer qual foi a causa da morte de Émile". 

"Entre uma queda, homicídio culposo e assassinato, nenhuma hipótese pode ter maior precedência sobre outra para explicar a morte", frisou.

Recorde-se que a descoberta do crânio e dos dentes da criança aconteceu cerca de nove meses após Émile ter sido dado como desaparecido, perto de Haut-Vernet, aldeia onde passava férias com os avós, em França, no dia 8 de julho do ano passado.

A zona onde as ossadas foram encontradas já tinham, no entanto, sido alvo de buscas, o que levantou questões sobre o porquê de só agora terem sido descobertos os restos mortais. Investiga-se se a criança terá morrido neste local, ou se os restos terão sido lá colocados posteriormente.

Leia Também: Do desaparecimento ao desfecho trágico. A cronologia das buscas por Émile

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