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Embaixador russo nega ter recebido informação dos EUA sobre ataque

No entanto, uma fonte dos serviços de inteligência russos confirmou à agência estatal RIA Novosti que as autoridades receberam o alerta dos EUA, ainda que tenha ressalvado que se tratavam de dados de natureza geral e sem detalhes.

Embaixador russo nega ter recebido informação dos EUA sobre ataque
Notícias ao Minuto

09:48 - 24/03/24 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Moscovo

O embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, rejeitou que a Embaixada da Rússia em Washington tenha recebido qualquer alerta por parte daquele país quanto a um potencial ataque terrorista em Moscovo, este domingo, face ao atentado levado a cabo pelo Estado Islâmico (EI) na sexta-feira, na sala de espetáculos Crocus City Hall, em Krasnogorsk, nos subúrbios da capital russa.

"Não recebemos nenhuma notificação ou mensagem com antecedência. [...] Prestámos atenção a isso, mas [...] não tive contactos nem com a Casa Branca, nem com o Departamento de Estado sobre esta questão", disse o responsável, em declarações à agência estatal RIA Novosti.

É que, recorde-se, o Departamento de Estado norte-americano emitiu um alerta, no dia 7 de março, através do qual informava que a Embaixada dos EUA na Rússia estava a "monitorizar relatórios" sobre "planos iminentes" de um grupo extremista para atacar "grandes aglomerados em Moscovo", que terá partilhado com o lado russo.

Por seu turno, uma fonte dos serviços de inteligência russos confirmou esta informação à agência estatal RIA Novosti, ainda que tenha ressalvado que se tratavam de dados de natureza geral e sem detalhes.

Saliente-se que o Serviço Federal de Segurança (FSB) russo relatou, no sábado, a detenção de onze indivíduos alegadamente ligados ao atentado, entre os quais os quatro terroristas que terão perpetuado diretamente o ataque, que vitimou mais de uma centena de pessoas.

O presidente russo, Vladimir Putin, condenou ontem o que denominou de ato terrorista "bárbaro e sangrento", e apelou à vingança. Embora não tenha especulado sobre os autores intelectuais do ataque, sugeriu que os quatro detidos tentavam cruzar a fronteira para a Ucrânia, que, segundo o líder russo, tentou criar uma "janela" para ajudá-los a escapar.

As autoridades ucranianas negaram, desde a primeira hora, qualquer envolvimento no ataque e uma fonte da inteligência dos EUA disse à Associated Press que as agências norte-americanas confirmaram que o grupo era responsável pelo ataque.

Um dos detidos supostamente envolvido no ataque confessou que lhes prometeram 500 mil rublos (cerca de 5.000 euros) para participar no atentado.

Numa gravação do interrogatório publicada pelo Canal Um da televisão russa, o detido afirma ter recebido metade da soma, através de uma transferência para um cartão bancário.

As detenções foram resultado de uma operação conjunta entre o FSB e combatentes do regimento checheno Akhmat, segundo anunciou pouco depois o líder da Chechénia, Ramzan Kadirov.

O veículo que os autores do atentado conduziam era um Renault Logan de cor branca, presumivelmente o mesmo no qual chegaram ao Crocus City Hall na noite de sexta-feira.

Segundo as autoridades russas, conseguiram escapar do local e seguir pela autoestrada até cerca de 100 quilómetros da fronteira com a Ucrânia.

As autoridades continuam a investigar, mas no interrogatório foi apurado que toda a operação começou há apenas um mês com a oferta monetária.

Leia Também: AO MINUTO: Luto nacional na Rússia; Embaixador rejeita alerta dos EUA

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