ONU estima mais de 150 migrantes desaparecidos em naufrágio na Indonésia
Pelo menos 75 refugiados rohingyas foram resgatados após um naufrágio na costa da Indonésia, declarou hoje a ONU, sublinhando que o desastre poderá ter provocado mais de 150 desaparecidos ou mortos.
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Mundo Rohingyas
"O receio que temos diz respeito aos 151 (refugiados) que ainda não foram resgatados" e ao risco "destas vidas perderem-se ou desaparecerem", afirmou o porta-voz da Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) na Indonésia, Babar Baloch.
"Esperemos que amanhã [sábado] ainda estejam vivos em algum lugar, que sejam resgatados", acrescentou o porta-voz.
Depois de resgatar na quinta-feira 75 refugiados rohingyas na costa de Aceh, no extremo oeste da ilha de Java, os serviços de resgate indonésios anunciaram hoje que encerraram as buscas.
Os sobreviventes estimaram que cerca de 150 rohingya -- uma minoria que é perseguida no seu país, Myanmar (ex-Birmânia), estavam a bordo do barco antes do naufrágio. O ACNUR ainda não conseguiu verificar estes números.
"A busca terminou na quinta-feira. Todos os refugiados rohingyas que estavam no barco foram resgatados na quinta-feira", disse Muhammad Fathur Rachman, funcionário da agência local de busca e resgate em Aceh, na manhã de hoje.
"Não recebemos nenhuma informação adicional sobre pessoas desaparecidas e não há lista de passageiros do barco", acrescentou Rachman, especificando que "de acordo com as nossas análises, o barco não poderia conter 150 pessoas".
Numa declaração conjunta, o ACNUR e a Organização Internacional para as Migrações (OIM) afirmaram hoje que estavam "chocados e profundamente preocupados com a situação" após o naufrágio do barco.
"Se (o número) fosse confirmado, seria a maior perda de vidas até agora neste ano", disse o comunicado.
O naufrágio terá ocorrido na quarta-feira e os refugiados foram encontrados agarrados ao casco de um barco virado, a cerca de 30 quilómetros da costa.
Desde novembro, centenas de rohingyas fugiram dos campos de refugiados em que estavam alojados no Bangladesh para viajar até a província indonésia de Aceh por mar, em barcos improvisados.
A ONU estima que mais de um milhão de rohingyas vivem em campos de refugiados no Bangladesh.
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