O procurador Mats Ljungqvist referiu, na acusação, que este homem realizou entre dezembro de 2015 e novembro de 2017 um mapeamento detalhado de vários locais militares sensíveis na Suécia.
"Este é um grande número de instalações importantes para a capacidade da Suécia de se defender em caso de guerra", explicou o procurador num comunicado.
"A divulgação desta informação pode pôr em perigo a segurança nacional", acrescentou.
A recolha destes dados, em que estiveram envolvidas "várias pessoas" segundo a acusação, foi feita "de forma sistemática" e com "um elevado nível de especialização". A informação confidencial foi encontrada na casa do suspeito.
Contactado pela agência France-Presse (AFP), Mats Ljungqvist especificou que o suspeito "realizou missões militares para as Forças Armadas suecas".
Foram apreendidas 40 provas, sob a forma de pens USB, câmaras ou ficheiros, indicou a acusação.
Uma alegada fuga de gás forçou as autoridades a retirar, na semana passada, 500 pessoas da sede da agência de segurança da Suécia.
De acordo com uma notícia divulgada hoje por um jornal local, foram encontrados nas instalações vestígios de um gás tóxico e incolor.
O jornal diário Svenska Dagbladet disse que as autoridades encontraram vestígios de fosgénio. O gás tem um odor forte que pode causar vómitos e problemas respiratórios e foi usado como arma na Primeira Guerra Mundial.
As autoridades suecas não confirmaram de imediato esta informação, noticiou a agência Associated Press (AP).
Oito pessoas que estava na sede em Solna, a norte de Estocolmo, foram hospitalizadas na sexta-feira, sem relatos de ferimentos graves.
As pessoas hospitalizadas sofreram problemas respiratórios, de acordo com as autoridades.
Alguns destes eram policiais que sentiram cheiro de gás quando chegaram ao local, referiu na altura a força policial.
Imagens mostraram socorristas e polícias a utilizar máscaras de gás na sede da agência de segurança, onde foi criada uma zona de proteção com um diâmetro de 500 metros.
As autoridades pediram às pessoas que moravam perto da agência de segurança sueca, conhecida pela sigla Säpo, que mantivessem as janelas fechadas naquele momento.
Após a retirada das pessoas, a agência afirmou sexta-feira que os serviços de socorro "constataram que não havia gás nem no interior das instalações, nem no exterior do edifício".
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