Ucrânia? Presidente da AG da ONU insta a apoio a "resiliente povo"

O presidente da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) instou hoje à solidariedade e apoio inabalável ao "resiliente povo da Ucrânia" na busca por paz e justiça e voltou a apelar ao respeito pelos princípios da Carta da ONU.

Dennis Francis, 78.º presidente da Assembleia Geral da ONU - Organização das Nações Unidas

© Selcuk Acar/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
23/02/2024 16:35 ‧ 23/02/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Numa reunião plenária da Assembleia-Geral da ONU sobre a "situação nos territórios temporariamente ocupados" da Ucrânia, Dennis Francis assinalou a "situação peculiar" de milhares de crianças ucranianas que "foram arrancadas das suas famílias e deportadas à força para a Rússia, despojadas assim do calor e da segurança das suas casas e dos seus entes queridos".

"Estas crianças inocentes, raptadas ilegalmente, devem ser repatriadas para a Ucrânia e reunidas imediatamente com as suas famílias", apelou o diplomata da Trinidad e Tobago na abertura da reunião plenária.

Assinalando o segundo aniversário do lançamento da agressão em grande escala da Rússia contra a Ucrânia, o presidente da Assembleia-Geral frisou que aquele "dia fatídico" de 2022 marcou o início de uma série de violações prolongadas, ilegais e flagrantes da Carta das Nações Unidas e do Direito Internacional.

"Enquanto vocês -- os representantes dos Estados-membros da ONU -- se reúnem aqui hoje, não podem ficar cegos à destruição e devastação em curso, nem ignorar a situação do povo da Ucrânia", disse.

Além dos milhões de civis inocentes forçados a fugir em busca de segurança e abrigo e das escolas e hospitais em ruína total, Francis assinalou também "a vítima silenciosa do conflito": o ambiente, que está ameaçado pelos efluentes químicos libertados pelas instalações danificadas e pelo aumento da poluição e das emissões de gases com efeito de estufa associados aos combates em curso.

Além disso, a militarização das instalações nucleares corre o risco real de desencadear um acidente nuclear, "um resultado que sem dúvida significaria um desastre de proporções épicas", afirmou.

E, em última análise, observou o diplomata, a guerra afetou todos os Estados-membros reunidos no salão da ONU, quer sob a forma de aumento dos preços dos alimentos, quer no contexto da insegurança energética.

"Sem dúvida que esta guerra desnecessária tem sido um catalisador significativo na remodelação da geopolítica e da geoeconomia mundiais -- não só infligindo danos diretos aos países envolvidos, mas também impedindo o progresso do desenvolvimento de muitos outros, especialmente os países em desenvolvimento", declarou.

"Está a minar ativamente os próprios fundamentos da nossa Carta das Nações Unidas, ameaçando os princípios de soberania e integridade territorial que todos nós nos comprometemos a valorizar e a defender. Gerou e acentuou a desconfiança, a instabilidade e a imprevisibilidade à escala global", acrescentou.

Leia Também: PE e Comissão içam bandeira ucraniana para marcar "aniversário trágico"

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